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19/05/2020 às 15:11

Emanuel cobra maturidade de oposição durante pandemia: ‘nunca Cuiabá precisou tanto’

Camilla Zeni

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pediu responsabilidade e “união” aos adversários políticos que compõem a oposição de sua gestão na Câmara de Cuiabá. O chefe do município citou o momento de pandemia e avaliou que o momento é delicado e não abre brecha para politicagem.

A avaliação foi feita pelo prefeito ao ser questionado sobre o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do coronavírus, de autoria do vereador Abílio Júnior (Podemos). Ele voltou ao parlamento no dia 13 de maio, depois de dois meses afastado em razão da cassação de seu mandato.

Em seu pedido, Abílio afirmou a necessidade de apurar a aplicação de recursos federais que foram enviados pela União para ações de combate ao novo coronavírus. Segundo o parlamentar, Cuiabá já recebeu R$ 23,9 milhões, além de R$ 8,7 milhões de emendas parlamentares e R$ 2 milhões da Câmara de Cuiabá. O pedido da CPI foi arquivado porque a Câmara já tem cinco comissões em andamento.

Para o prefeito, porém, a ação da oposição, que reuniu 10 assinaturas, é politicagem e deve ser deixada de lado neste momento de pandemia. “Tem tanta forma de poder se unir. Quer fazer oposição, não tem problema, faz parte, mas temos que nos unir. Nunca Cuiabá precisou tanto da união de todos, da maturidade, da responsabilidade das suas políticas”, disse, em entrevista à rádio Vila Real, na segunda-feira (18).

Emanuel também observou que os gastos da prefeitura durante a pandemia estão sendo fiscalizados pelo Ministério Público e Tribunal de Contas. Desde o avanço do coronavírus no Brasil o Tribunal criou uma força tarefa para fiscalizar os gastos públicos, considerando também que o momento de calamidade pública permite contratações de serviços com dispensa de licitação. 

O prefeito de Cuiabá, porém, garante lisura nos gastos. “É hora de união, não é hora de política, politicagem. Mal foram gastos esses recursos e eles são fiscalizados pelo Tribunal de Contas, pelo Ministério Público. Pelo amor de Deus, tem gente morrendo, tem gente sofrendo, sendo infectada, aumenta a cada dia. Estamos numa pandemia. Controle tem que ter e vai ter a vida inteira, não só para esse recurso”.
 
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