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21/05/2020 às 07:25

Alta do dólar aumenta o custo de produção do milho e algodão mato-grossense

Edyeverson Hilario

O custo de produção do milho e do algodão mato-grossense ficaram mais caros durante o mês de abril. O encarecimento, causado pela valorização do dólar, deixa os produtores em alerta, já que se não tiverem controle das despesas, podem ter prejuízos na safra 20/21. Entre os produtos que mais sofreram alterações estão os micronutrientes, macronutrientes, fungicidas e herbicidas.
 
No caso do algodão, o custo variável – que são os valores gastos na lavoura com sementes, maquinários, insumos agrícolas e mão de obras –, o aumento foi de 2,1%, se comparado ao mês de março. Desta forma, para se produzir um hectare, o cotonicultor está investindo R$ 9,1 mil.
 
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indica que a alta da moeda americana impactou principalmente nos preços dos micronutrientes, fungicidas e herbicidas, que normalmente são importados. Assim, o custo operacional, que é o valor gasto na lavoura subiu 2,1%, ante o mês passado, fechando em R$ 9,7 mil, o custo de cada hectare plantado.
 
“Sendo assim, para que o produtor consiga cobrir suas despesas, é necessário que negocie a sua pluma pelo menos a um preço médio de R$ 78,75, por arroba”, observa o Instituto.
 
Na produção do milho a alta foi puxada pela elevação dos preços dos macronutrientes e fungicidas, que respectivamente apresentaram aumento de 4,6% e 10,6%, no mês de abril. Assim, os custos variáveis são estimados em R$ 2,5 mil, por hectare plantado. Valor 2,9% acima do demonstrado em março.
 
Do mesmo modo, os custos operacionais também aumentaram 2,9% em relação ao mês anterior, impactados com a valorização do arrendamento da terra no estado.
 
Devido a conjuntura, o Imea alerta que os produtores devem ficar atentos quanto as variações das suas margens de produção para que consiga cobrir os custos com a lavoura de milho, que tem o ponto de equilíbrio estimado a uma média de R$ 20,2 por saca.
 
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