Estudantes que aguardam repatriação vão receber auxílio financeiro da UFMT
Leiagora
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) informou nesta sexta-feira (29) que vai garantir aos estudantes em mobilidade internacional na Universidade de Boyacá, na Colômbia, uma bolsa emergencial, para que consigam se manter no país após os auxílios locais.
A medida foi tomada por meio da Secretaria de Relações Internacionais (SECRI) em parceria com a Pró-reitoria de Planejamento (Proplan) e terá início a partir de 14 de junho, um dia após a finalização da mobilidade acadêmica dos estudantes. O valor do auxílio é de R$ 1.200 e terá validade até que seja viabilizado o retorno dos alunos ao Brasil.
"O recurso emergencial é oriundo do Programa de Bolsas Expandindo Fronteiras e será garantido até a embaixada brasileira conseguir repatriar nossos estudantes ou o governo local abrir suas fronteiras", destaca o reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva.
"A SECRI tem uma atuação proativa com os estudantes da UFMT que ainda não retornaram ao Brasil. Desde o primeiro momento estamos acompanhando, apoiando, e, quando possível, viabilizando o retorno de nossos discentes em segurança. A Assessoria de Mobilidade Internacional registra todos os contatos para que qualquer servidor da equipe dê sequência ao atendimento se necessário", aponta o secretário de Relações Internacionais, professor Lucas Oliveira de Sousa.
O docente conta ainda que a Secri fez contato com a Embaixada do Brasil em Bogotá, que assegurou que os nomes dos estudantes na Colômbia estão na lista para retornarem ao país, tão logo sejam organizados voos humanitários.
"Conseguimos que outras universidades ampliassem o apoio oferecido aos nossos estudantes em termos de moradia e alimentação enquanto não é possível o retorno ao Brasil", completa.
O professor Lucas Sousa também destaca que durante a pandemia a Secretaria segue oferecendo suporte aos estudantes da UFMT no exterior. Atualmente, 43 discentes estão em mobilidade internacional em Portugal, na Colômbia, na Argentina, no Peru e na Eslovênia e 11 já voltaram em segurança ao Brasil.
"Os servidores da Secri realizam um acompanhamento diário intensivo por telefone, WhatsApp, e-mail, processo eletrônico e orientou exaustivamente aos que retornaram o cumprimento do isolamento por 14 dias", conta.
Na semana passada, o caso de estudantes da UFMT que estão na Colômbia chamou a atenção da mídia diante de uma carta enviada pelos universitários. No documento eles pediam ajuda para retornar ao Brasil e alegavam ter medo do que estaria por vir, considerando o momento de pandemia do novo coronavírus e a aproximação do fim das mobilidades internacionais.
Conforme os estudantes, enquanto está em vigência o acordo entre as universidades, todos estão recebendo assistência. No entanto, após o período, eles não mais receberiam auxílios financeiros e não teriam como se manter no país.
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