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01/06/2020 às 10:06

'Não sei por que me zoam! Eu não quero nada do Brasil', diz Dr. Rey

Leiagora

Formado em medicina nos Estados Unidos com cursos de especializações em instituições mundialmente conhecidas como a Universidade Harvard, Dr. Robert Rey acreditava ter condições de assumir o ministério da Saúde. E a primeira coisa que ele fez assim que Nelson Teich deixou o cargo foi mandar um vídeo se colocando à disposição de Bolsonaro. Só que o médico, conhecido como Dr. Hollywood por causa do reality sobre cirurgias plásticas, não esperava a enxurrada de críticas e até zoações.

"Não sei por que me zoaram. Eu não quero nada do Brasil e os meus diplomas mostram a minha capacidade. É mais fácil rejeitar e zoar das pessoas. Como eu tenho zero autoestima, a minha mãe limpava chão e eu fui criado em uma favela que não existe mais na Ilhabela, periodicamente, eu volto ao Brasil querendo ajudar. Sempre zoado, sempre rejeitado e com vários memes. Eu queria trazer a ciência, o que os gringos me ensinaram", explicou à coluna Robert Miguel Rey, paulista, filho de engenheiro americano e uma faxineira gaúcha.

Desapontado, humilhado e revoltado, como ele próprio se define, Rey revela que tinha todo o planejamento para controlar a pandemia e um remédio novo recém-descoberto nos Estados Unidos.

"É um medicamento feito aqui na Califórnia e que foi letal contra o Ebola e está funcionando maravilhosamente na medicina americana. Não quiseram me ouvir. Fui zoado todos os dias. Se me perguntarem o motivo, eu não sei. Será que é porque eu tenho a voz um pouco feminina, o jeito feminino? Mas isso eu sempre tive, a minha família toda tem! Será porque eu fui um produto criado pela mídia e isso há 20 anos? Não sei. Tem que rir para não chorar. Mas eu tinha e tenho capacidade e conhecimento para o cargo", garante.

Rey, que tentou duas vezes se eleger como deputado federal por São Paulo nas eleições de 2014 e 2018, revela que ainda está disposto a ajudar o Brasil no combate ao novo coronavírus.

"Podem me rejeitar mil vezes, me zoar mil vezes porque a minha intenção é só ajudar a minha pátria. Dinheiro não é problema para mim. Nos Estados Unidos, eu faço 100 mil dólares por dia. É total perda de dinheiro voltar para o Brasil, mas eu volto por amor à pátria".

Perguntado se ele largaria tudo, todos os negócios se fosse empossado ministro, Rey não titubeou. "Eu praticamente vivo no Brasil, viajo muito porque tenho casas, clínicas e negócios no mundo todo, mas eu moro praticamente no meu país. Não seria um problema pra mim. Eu só não estou agora na minha casa em São Paulo porque eu e minha família fomos muito humilhados".

 
Coluna Fábia Oliveira
 
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