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02/06/2020 às 11:09 | Atualizada: 02/06/2020 às 11:12

Mauro articula nome para eleição em Cuiabá e diz que falta 'gestor honesto'

Camilla Zeni

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), confirmou que articula para lançar candidatos na disputa pelo Palácio Alencastro, diante de tantos impasses registrados com a atual gestão da capital. 

Adversários, Mauro e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) voltaram a trocar farpas diariamente via imprensa e suas assessorias, dessa vez usando a pandemia do novo coronavírus como base. As disputas resultaram, inclusive, em ações judiciais.

Agora, com a aproximação das eleições municipais, que ainda estão mantidas para outubro deste ano, Mauro admitiu que articula para apresentar “um bom nome”, destacando que o candidato pode, inclusive, não ser de seu grupo.

“Nós acreditamos, sim, que precisaremos apresentar um bom nome para a Prefeitura de Cuiabá. Cuiabá não merece o que está acontecendo hoje aqui. Tem muita gente boa, não precisa ser um nome nosso, mas acho que Cuiabá merece alguém trabalhador, honesto, acima de tudo, e competente, porque aí seria muito bom”, disparou em entrevistas recentes dada à imprensa nos eventos do governo.

O governador tornou a alfinetar o prefeito Emanuel Pinheiro, sugerindo que os predicados que considera ideal para o gestor da capital não são encontrados no atual chefe do Executivo. “Nós não teríamos muitos dos problemas que estão tendo aí se existisse isso: honestidade e propósito, tratar com seriedade as informações”, afirmou.

Atualmente quatro dos secretários de Mauro são filiados ao Democratas e foram apontados como possíveis candidatos do governo na disputa ao Alencastro. São eles o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, o Fazenda, Rogério Gallo, o de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, e o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.

Marcelo de Oliveira já teria descartado a participação nas eleições, enquanto Mauro Carvalho - o último a se filiar - foi apontado como um dos principais nomes do grupo. 

Governo x Prefeitura
Acusados de misturar a saúde da população com questões eleitoreiras, a briga dos políticos se acirrou na semana passada, quando o governo tornou pública a informação de que Cuiabá desistiu de habilitar 40 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para atender a população vítima de coronavírus. 

A desistência irritou bastante os membros do Executivo estadual, incluindo o secretário de Saúde, e Mauro Carvalho, que chegaram a comprar a briga do governo contra a Prefeitura.

A rixa se agravou porque o Estado tinha um planejamento de leitos para atender a população e, com a desistência de Emanuel, o número reduziu consideravelmente. Além disso, acabou anulando os esforços do governo, que construiu exatos 40 leitos de UTI no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande.

Nessa segunda-feira, contudo, foi a vez do secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, engrossar o tom com a briga. Em um artigo, o gestor chegou a chamar o governador de “biruta de aeroporto”
 
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