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02/06/2020 às 14:16

Com dívida de R$ 120 milhões, Grupo DGF entra com pedido de recuperação judicial

Leiagora

O Grupo DGF, com sede em Sorriso (a 397 km de Cuiabá), composto pelas empresas DGF Agropecuária Ltda. DGF Fazendas Ltda. e DGF Participações Ltda., entrou com pedido de recuperação judicial na 2ª Vara Cível de Sorriso. Fatores climáticos como a grande seca ocorrida em 2016 e a crise econômica dos últimos anos afetaram duramente a saúde financeira do grupo e dificultou o cumprimento de suas obrigações. O passivo é de cerca de R$ 120 milhões.

Com atuação na agricultura e pecuária, com o cultivo de soja, algodão e milho, além da criação de gado nos municípios de Sorriso, Gaúcha do Norte e Porto dos Gaúchos, a empresa familiar tem em seu quadro societário os produtores rurais Darcy Getúlio Ferracin, e sua ex-esposa, Delísia Dal Santos, e o filho do casal, Darcy Getúlio Ferracin Júnior.

O Grupo iniciou suas atividades em 1998, com a compra da Fazenda Santa Maria da Amazônia, com cerca de 13,3 mil hectares. Expandiu sua área com a aquisição da Fazenda São Jorge que foi transformada em 2.300 hectares de área agricultável, além do arrendamento das fazendas Sylvia (1.000 hectares) e Sodema (1.500 hectares).

Em 2013, após divisão dos bens entre os filhos, o Grupo DGF arrendou as fazendas Cambará, Santo Antônio e Bom Jesus do Kuluene, onde desenvolveu suas atividades de forma regular nos anos seguintes.

As dificuldades da empresa começaram em 2014 com a crise financeira que assolou o país e causou desvalorização do real frente ao dólar. Neste mesmo período, os produtos cultivados e comercializados pelo grupo sofreram forte queda, causando queda substancial no seu faturamento.

Em 2016, com a grave seca que atingiu Mato Grosso, a situação se agravou ainda mais, acarretando uma série de problemas que culminaram em dificuldades financeiras das empresas do grupo.

“Este é mais um caso que representa a crise pela qual passam os produtores rurais do país enfrentam nos últimos anos. É um reflexo dos cenários atípicos que vivemos nas últimas safras e não restou outra saída que não o pedido de recuperação judicial como forma de preservar a atividade econômica e garantir a geração de emprego e renda de várias famílias”, afirma a defesa do Grupo DGF.

 
Da Assessoria 
 
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