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04/06/2020 às 14:42 | Atualizada: 04/06/2020 às 14:46

Após denúncia, contrato de R$ 3,6 mi com empresa que vende produtos de sex shop é cancelado

Kamila Arruda

O contrato de R$ 3,6 milhões com a empresa Feagro Trading – Comércio, Importação, Exportação – LTDA, para aquisição de kits teste para Covid-1 acabou cancelado logo depois de o grupo de vereadores da oposição fazer uma denúncia de que a empresa seria autorizada a comercializar produtos de sex shop. 

As informações do contrato estavam no Portal Transparência e a empesa foi contratada por dispensa de licitação. O anúncio do cancelamento foi informado pela Secretaria Municipal de Saúde, logo depois do vereador Abílio Brunini (Podemos) levar para rede social junto com o colega de parlamentar Marcelo Bussiki (DEM).

Em nota, a SMS defendeu a compra, mas acabou cedendo à pressão e cancelou a compra, que segundo o órgão, tratava-se de uma "máquina padrão ouro", a qual realiza os exames e testagem para Covid -19 por meio de PCRS.

“A máquina realiza os testes de forma mais eficaz, com altíssima qualidade. O Comitê Municipal de Enfrentamento ao novo vírus não viu necessidade da compra dos testes rápidos e o contrato com a referida empresa que nem havia sido assinado, foi cancelado”, diz trecho da nota encaminhada pela Secretaria.

A pasta ainda aproveitou para acusar os parlamentares de descriminação por conta do ramo de atuação da empresa. “O fato de os referidos opositores à gestão descriminar de forma veemente os ramos de Sexy Shop pelo qual a empresa também se propõe a trabalhar, não a torna inapta ou ilegal a ofertar outros serviços, inclusive os testes rápidos”, disse.

Já a oposição não perdeu a oportunidade também para ganhar vantagem em cima do cancelamento. "Mais uma vez conseguimos evitar que a má gestão que a Prefeitura de Cuiabá insiste em manter cometesse mais um erro, principalmente no que se refere aos recursos direcionados para o combate ao coronavírus. Foi assim com o contrato dos drones, foi assim com o contrato da TV Mais", comentaram. 

Mas agimos rápido, cobramos e eles desistiram. Dessa vez, a nossa luta conseguiu impedir que outros R$ 3,6 milhões de reais fossem destinados a uma empresa, aparentemente, sem know how no que se refere ao kit teste para a Covid”, diz Abilio.
 
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