Raio-x da covid: diagnósticos aumentaram 860% em um mês; mortes saltaram 707%
Camilla Zeni
No mês de maio e no início de junho, Mato Grosso acompanhou um salto exponencial no número de casos diagnosticados pelo novo coronavírus. Entre os dias 7 de cada mês, 3.613 novos infectados foram identificados, equivalente a 89,5% dos 4.033 casos atuais.
O número de novos diagnósticos no período aponta que houve um aumento de 860,2% no total de casos em apenas um mês. Isso considerando que em 7 de maio Mato Grosso tinha 420 pessoas com a doença. Já em 7 de junho o número era de 4.033.
Os dados constam nos relatórios elaborados diariamente pela Secretaria de Estado de Saúde, com base nas atualizações diárias repassadas pelas prefeituras.
No mesmo período, de 7 de maio a 7 de junho, 99 mortes foram registradas. Até a data inicial, o Estado havia sentido o peso de 14 mortes em decorrência da covid-19 (doença causada pelo vírus). No dia 7 de junho, porém, Mato Grosso alcançou a lamentável marca de 113 óbitos. O aumento é de 707% dos casos fatais.
Unidades de saúde
O que também aumentou de forma considerável e preocupante nesse período de um mês foi a taxa de ocupação dos leitos destinados à covid-19. Enquanto em maio o número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupadas simbolizava 2,2% do total disponível, em junho essa taxa saltou para 45,65%.
Quanto a esse aumento nos leitos de UTI, o governo explica que o crescimento substancial se deu pela retirada de algumas unidades que haviam sido disponibilizadas pelas prefeituras no início da pandemia. Cuiabá, por exemplo, teria retirado 40 leitos, conforme o governo.
Em relação aos leitos clínicos, por sua vez, em maio a taxa de ocupação era de 12,5%, enquanto em 7 de junho foi de 11,7%. Isso aconteceu porque o Estado abriu novos leitos de UTI nos municípios, incluindo os 240 leitos do Hospital Metropolitano, inaugurado em maio.
Segundo o governo, em 7 de maio havia 104 leitos de UTI e 403 de enfermaria. Já em 7 de junho eram 228 leitos de UTI e 816 de enfermaria.
Perfil das vítimas
Outra mudança que aconteceu ao longo dos 30 dias foi em relação às vítimas da covid-19. Em 7 de maio, mulheres eram 55,5% das pessoas acometidas com a doença, enquanto homens eram 44,5%. Já em 7 de junho, o número de mulheres infectadas reduziu para 51% enquanto o de homens aumentou para 49%.
Já quanto à faixa etária, a maior incidência dos casos detectados da doença foi em pessoas com idades entre 31 e 40 anos. Eles representam 28% dos 4.033 infectados, ou seja, foram 1.129.
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