Ministra Tereza diz que a dependência do agronegócio com a China preocupa
Edyeverson Hilario
A forte relação comercial entre o Brasil e a China foi assunto durante uma live em que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou. O encontro virtual foi realizado por uma empresa brasileira de consultoria e a ministra demonstrou preocupação com a dependência brasileira do mercado chinês.
Embora o Brasil se aproveite desse mercado, a ministra advertiu "nunca é bom colocar todos os ovos numa só cesta". O Brasil pode se beneficiar, mas "temos de ter cuidado", continuou. "Assim como a China não pode se tornar dependente de um único mercado fornecedor, o Brasil também tem de procurar novos mercados. Essa dependência é ruim para os dois lados", avaliou.
Ela ainda destacou o volume das exportações da soja brasileira que tem crescido, sobretudo nos últimos anos. Segundo ela, quando a relação entre Estados Unidos, e o asiático estremeceu, o Brasil ocupou o espaço do grande fornecedor de soja para a China, “porque não tem outro país [para exportar o volume que eles precisam]. Ou é o Brasil ou são os Estados Unidos”.
Apesar de reconhecer que o Brasil pode e tem tirado um bom proveito dessa relação comercial, alertou que é importante diversificar a pauta de exportações com a China e com outros países, mas reduzir essa dependência.
"Já discutimos, por exemplo, com a China a abertura um pouco maior para o nosso farelo de soja", citou. "E também conseguimos certificado para exportar farelo de algodão para lá. Abrimos este mercado, mas ainda estamos terminando a regulação dele. Do melão também".
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