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17/06/2020 às 09:52 | Atualizada: 17/06/2020 às 09:56

Alvo da PF, Novelli considera buscas desnecessárias e repudia operação

Camilla Zeni

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) José Carlos Novelli repudiou a 16ª fase da Operação Ararath, deflagrada na manhã desta quarta-feira (17). Novelli foi um dos alvos da Polícia Federal, que também esteve na sede do TCE e na casa do conselheiro Waldir Teis.

Em nota encaminhada à imprensa, Novelli afirmou que os mandados de busca e apreensão expedidos contra ele seriam desnecessários. Ele alegou que desde o início das investigações tem colaborado com as autoridades e respondido a todas notificações nas quais foram solicitadas suas manifestações.

“A medida empreendida na data de hoje afigura-se totalmente desnecessária, uma vez que operação similar nesta investigação já foi executada em 2017, sem acréscimo de novos elementos”, afirmou o conselheiro.

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Novelli ainda destacou que há três anos está afastado de suas funções no Tribunal de Contas e, durante todo esse tempo, o processo de investigação não teria apresentado resultados. Ele finalizou alegando ser “vítima de um processo de delação premiada parcial, condenatória e vazia de provas”.

Operação Ararath


Deflagrada em dezembro de 2013, a Operação Ararath visava apurar esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos em Mato Grosso, por meio de empresas e factorings.

Em setembro de 2017 a operação teve sua 12ª fase, chamada Malebolge, que resultou no afastamento de Novelli, Waldir Teis, Sérgio Ricardo, Valter Albano e Antônio Joaquim do TCE.


Na época, os conselheiros foram acusados de terem recebido R$ 53 milhões em propina, pagos pelo ex-governador Silval Barbosa, para que aprovassem as contas de governo e não impedissem o andamento das obras da Copa do Mundo de 2014. O caso foi delatado pelo ex-governador ao Ministério Público Federal.

Desde então, os conselheiros entraram com pedidos no Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal com a intenção de retomarem suas funções. Eles alegaram, assim como pontuou Novelli em sua nota, excesso de prazo nas investigações e falta de resultados. Até o momento nenhum deles teve decisão favorável.

A reportagem ainda não conseguiu contato com o conselheiro Waldir Teis para se manifestar sobre a operação desta quarta-feira.

 
 
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