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19/06/2020 às 15:39 | Atualizada: 19/06/2020 às 16:18

Emanuel estuda antecipar toque de recolher para 19 horas em Cuiabá

Camilla Zeni

Como medida de prevenção ao novo coronavírus, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), estuda adiantar o horário de início do toque de recolher para as 19h. A medida está em vigor desde o último fim de semana (13 de junho) e, atualmente, começa às 22h30 e segue até 5h.

Essa é uma das soluções encontradas pelo prefeito para atender ao pedido do Ministério Público do Estado (MPE), que, diante do crescimento substancial de casos de coronavírus na região metropolitana de Cuiabá, entrou na Justiça para cobrar medidas mais restritivas da capital e de Várzea Grande. Ele ainda deve manter a proibição das atividades de lazer, para diminuir a população nas ruas.

Contudo, para o prefeito Emanuel Pinheiro, fechar as atividades não essenciais, como foi a solicitação do órgão fiscalizador, não é o ideal.


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“A possibilidade que tem em Cuiabá, e que eu vou apresentar aqui é, para segunda ou terça-feira, dependendo dos resultados do toque de recolher, antecipar o toque de recolher para 19h ou 20h. Com isso, manter as medidas de biossegurança bem rígidas, o distanciamento social, os horários reduzidos e ir ajustando aqui e acolá, e conscientizando a população cada vez mais”, disse o prefeito ao chegar no Fórum de Várzea Grande.

No local é realizada, na tarde desta sexta-feira (19), uma audiência de conciliação entre o MPE, o governo do Estado e as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. Na pauta, o fechamento das atividades.

Para o gestor de Cuiabá, o chamado “lockdown”, que significa o fechamento total das atividades econômicas e a proibição de circulação dos moradores, é uma medida extrema e que pode trazer consequências graves para a população.

Emanuel se refere à dificuldade econômica, argumentando que, com o fechamento das atividades e proibição dos trabalhos, os cidadãos sequer terão condições de arcar com despesas básicas e necessárias para a própria saúde de cada um, como a compra de materiais de higiene.

O prefeito defende ainda que o momento exige que os gestores foquem atenção em ampliar o número de leitos disponíveis, a fim de garantir atendimento à população que possa vir a ter o caso agravado pela covid-19.

“Nesse momento precisamos buscar o equilíbrio entre o impacto sanitário e o impacto econômico. Não adianta trancar todo mundo em casa, desempregar, quebrar empresas, criar um colapso econômico se não conseguirmos segurar o número de leitos e continuar lotando os hospitais e as UTIs”, disse.

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