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19/06/2020 às 18:02 | Atualizada: 19/06/2020 às 18:22

Doze servidores são acusados de esconder EPI's em armários em hospital para covid-19

Alline Marques

Diversos equipamentos de Proteção Individual (EPI's) foram encontrados escondidos em armários de servidores do hospital referência para covid-19, o antigo pronto-socorro da capital. Os responsáveis seriam 12 servidores, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros e fisioterapeutas, que já foram identificados e exonerados.

Entre os materiais escondidos constavam macacões, aventais, máscaras, luvas, óculos, Pro Pé, e Face Shield. 
Os produtos foram localizados durante vistoria realizada nesta sexta-feira (19) em diversos setores pelo secretário adjunto de Planejamento e Operações da Secretaria Municipal de Saúde, o médico Milton Corrêa da Costa Neto, que inclusive já registrou boletim de ocorrência para apuração do caso.

A vistoria foi acompanhada pela responsável do setor de enfermagem do hospital e pela coordenadora administrativa.  O adjunto explica que a vistoria foi motivada por reclamações feitas ao superintendente do hospital, dr. Douglas Dolce Domingues, de que haveria falta de EPIs na unidade hospitalar.

“Levando em consideração o quantitativo de EPIs que já foram entregues aos servidores do hospital, nós sabíamos que estas reclamações não tinham fundamento. Por isso resolvemos fazer esta fiscalização e conseguimos encontrar muita coisa escondida”, disse o diretor Milton.

Ele falou ainda que no momento da inspeção muitos servidores ficaram nervosos e tiraram os EPIs escondidos dos armários individuais, colocando-os dentro de sacos de lixo e deixando-os em armários de uso comum e em carrinhos de transporte.

Foram encontrados EPIs escondidos na sala Vermelha, UTI 1, UTI 2 e UTI 3. “Após a constatação desta situação absurda, tiramos fotos e eu registrei um Boletim de Ocorrência”, revelou o secretário adjunto.

O secretário municipal de Saúde, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, disse que  "é uma barbaridade, e uma leviandade o que essas pessoas fizeram. Aproveitar um momento de pandemia, em que muitas pessoas precisam de atendimento urgente para criar situações com o único propósito de enfraquecer a gestão municipal é desumano".

O secretário reforçou ainda que não é momento de politicagem e sim de salvar vidas. "É a única coisa que importa agora e precisamos de pessoas que realmente nos ajudem neste propósito”, falou Pôssas. Ele finalizou informando que fará uma comunicação formal para os devidos sindicatos e conselhos de classe acerca do ocorrido.

 
Com informações da SMS
 
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