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21/06/2020 às 10:47 | Atualizada: 21/06/2020 às 11:01

Bares ficam lotados na região da Unic e secretário alerta para falta de leitos; VÍDEO

Alline Marques

Mato Grosso ainda continua registrando um elevado número de novos casos de coronavírus, mas ainda assim, as pessoas continuam se reunindo em festinhas, indo para bares e promovendo aglomerações. Aliás, um exemplo disso foi nesse sábado, nos estabelecimentos próximos à Unic Beira Rio, que estavam lotados com várias pessoas, inclusive sem máscaras.  

É bom lembrar que o isolamento social ainda é a melhor forma de evitar a doença e apesar de existir um grupo de risco prioritários, muitas pessoas fora da faixa etária e sem comorbidades já morreram, inclusive crianças e bebês. 

Há ainda o risco de levar o vírus para casa e contaminar familiares que possam ter complicações. E apesar de estas recomendações estarem sendo feitos há três meses a população segue sem conscientização. Só que agora um agravante para a população mato-grossense: a falta de leitos. 

Os números elevados da doença preocupam o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, que tem orientado e reforçado à população sobre as medidas de proteção para evitar o contágio e a propagação do vírus. ele mais uma vez reforçou que estas pessoas que estão descumprindo as medidas, pode vir a precisar de um respirador, e não terá!



A preocupação é com o colapso na rede pública de saúde. “Em média, crescemos 5% ao dia, em poucas semanas estamos quase exaurindo os leitos de UTI. Não haverá leitos suficientes de UTI para atender a todos”, disse o secretário.


O rápido crescimento no número de casos também está relacionado ao comportamento da sociedade e ao retorno de parte das atividades econômicas no Estado, com a reabertura de estabelecimentos de diversos segmentos. O número de pessoas que circulam no comércio e demais espaços públicos aumentou o contato físico entre as pessoas e diminuiu o isolamento social.

"Pode acontecer de hoje mesmo não termos nenhum leito mais à disposição no Hospital Metropolitano ou nos de Cuiabá, porque não para de chegar gente infectada. E mesmo assim, tem gente fazendo festa, andando na rua, visitando amigos. Estamos em uma situação muito ruim. Se você quer correr o risco, você será um paciente que não vai ter respirador a seu favor. Daqui a pouco, só teremos leitos de enfermaria e com pacientes morrendo sem respiradores. Não temos UTI e nem respiradores para todo mundo", declarou Gilberto. 


O gestor destacou que a melhor forma de prevenção para evitar o contágio é o isolamento social que diminui o contato entre pessoas. É isso que vai reduzir a propagação do vírus e o crescimento de novos casos em Mato Grosso.



“Existe uma parcela da sociedade que ainda acha que isso não vai chegar, que não temos epidemia no Estado. Os números da doença não param de subir, é preciso que as pessoas sigam nossas recomendações, fiquem em isolamento social, façam constantemente higienização das mãos, evitem aglomerações, saiam de casa somente quando for necessário e usem adequadamente a máscara para se proteger”, explicou Figueiredo.

O gestor reforça mais uma vez que quanto menor a circulação de pessoas e maior o isolamento social, menos casos terão. "Então, não mudamos a recomendação: fiquem em casa", concluiu.
 
Com informações da SES-MT
 
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