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22/06/2020 às 11:12 | Atualizada: 22/06/2020 às 13:31

Emanuel propõe redução de ônibus e fechamento de bares para evitar lockdown - veja medidas

Camilla Zeni

Os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande e o governo do Estado estudam, na manhã desta segunda-feira (22), medidas para evitar a implantação do bloqueio total das atividades em Mato Grosso durante o período de pandemia do novo coronavírus.

Entre as propostas levadas pelo chefe da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), estão a antecipação do toque de recolher para as 20 horas e a volta da redução da frota de ônibus em circulação para 30%, limitando-a para os trabalhadores dos serviços essenciais.

Atualmente o toque de recolher, implantado no dia 13 de junho, vai das 22h30 às 5h, restringindo a circulação da população. Na proposta de Pinheiro, porém, em se tratando de atividades econômicas, apenas as farmácias poderão ficar abertas durante a medida, sendo assim, os supermercados também terão que reduzir o horário de funcionamento.

Emanuel Pinheiro também antecipou para a imprensa que vai propor o fechamento de bares e a limitação dos restaurantes para funcionamento das 11h às 15h. O cenário também vai impactar nos shoppings, que terão que limitar o funcionamento para das 11h às 18 horas.

Para evitar a circulação de outra parcela da população, o prefeito de Cuiabá também quer que o governo volte a permitir que os servidores estaduais atuem de forma virtual, assim como ele deve decretar para os servidores municipais. 

O rodízio de veículos nas ruas é ainda uma das propostas que estão sendo analisadas pela Prefeitura de Cuiabá, e que devem ser discutidas com o governo e a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM). A gestora, que está com suspeita de covid-19, participa da reunião de forma virtual.

Em relação às medidas, Pinheiro destacou que todas são apenas sugestões, que ainda estão sendo levadas para a discussão desta manhã. Ele ainda lembrou que o Ministério Público do Estado chegou a pedir na Justiça o fechamento das atividades, o que também é recomendado pelo  governo.

"No lockdown para tudo, é muito pior. Se segurarmos isso e cada empresário ficar responsável para levar seu trabalhador, talvez seja a melhor medida, mas ainda vai ser discutido. Agora, o lockdown é muito pior, 10 vezes pior", defendeu o gestor.

A reunião desta segunda-feira é uma continuação da audiência de conciliação que começou na sexta-feira (19), após o pedido judicial do Ministério Público. Ela considera que Cuiabá e Várzea Grande são as cidades com maior número de moradores infectados e de casos fatais da covid-19.

Além disso, considera-se ainda a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva no Estado, que está contabilizada em 81%, conforme atualização do governo.
 
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