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27/06/2020 às 17:30 | Atualizada: 27/06/2020 às 18:51

Melhor laçador do Brasil lança curso online sobre prova de Laço Comprido

Edyeverson Hilario

Com 27 anos de experiência, Alan Soares começou laçar com 3 anos de idade. A vaca parada, que, de práxis é o início de todas as crianças, não o segurou por muito tempo. Aos 4 começou a laçar bois e cavalos, e nunca mais parou. O início promissor se consolidou aos 14 anos de idade, quando começou a se destacar e a ganhar repercussão nacional, ao participar de eventos fora de seu Estado natal. Agora, todo o seu conhecimento foi gravado e está disponível em um curso que foi lançado no início deste mês.

Natural da cidade de Monte Negro, interior do Rio Grande do Sul, Alan se mudou recentemente para Tijucas, em Santa Catarina, para ficar perto do Haras que tem sido seu “centro de treinamento”. Ele é considerado o melhor atleta de Prova de Laço Comprido da América Latina. 

O talento e a paixão pelo esporte foram herdados dos pais, que também cresceram nesse ambiente. “Eu segui os passos deles. Só vim aprimorando e aperfeiçoando o laço comprido, que é o que eu faço”. Todo o conhecimento que ele adquiriu enquanto competia na categoria piá, guri, rapaz e agora adulto está no curso dele. 

As gravações foram feitas na Cabanha Jacobowski, em Campo Novo do Parecis (a 289 km de Cuiabá). Alan destaca que no curso ensinou tudo sobre o laço comprido, “desde encilhar o cavalo, colocar manta, sela, tudo mesmo. O curso está bem completo. Ensinei para quem está iniciando a laçar agora e para quem já laça. É um curso bem avançado”, observa.

Ainda contou que foi uma experiência muito boa. “Os primeiros a promover um curso online desse tipo fomos nós. Foi uma experiência magnífica. Nunca tinha pensado que seria da forma que foi. As gravações muito cativante. Foi uma experiência muito legal”, relatou.

Durante as gravações, ele ainda contou com a participação da irmã Ariane Soares, que é uma das melhores laçadoras do Brasil. Outro ponto observado por ele é que tem pessoas que não tem como ir em um curso presencial e tem lugares que ele não consegue ir.

Por isso, “comprando o curso, a pessoa pode assistir no trabalho durante um intervalo. Pode assistir em casa ou até em um evento. Pode estar em uma prova e errar, mas na mesma hora ele pode ir ver o curso e ver no que errou. Pode ir no acampamento, pegar o celular e acessar o curso. Isso independente do lugar que estiver. O melhor é que ele é vitalício, não expira. Ele vai ser teu pelo resto da vida”.

Alan conta que mesmo com os cancelamentos de eventos, em virtude do coronavírus, a sua rotina de treino segue praticamente intacta. “Temos pista de laço, gado, vaca mecânica, que é puxada por uma moto. Então a rotina não mudou, só as competições que pararam”.

Curso de Laço Comprido

A ideia da gravação desse curso surgiu no final do ano passado, quando o gerente e sócio da Cabanha Jacobowski, Bernardo Schiochet, propôs o projeto ao Alan. Amigos há anos, envolvidos com o esporte e criação de cavalos, ambos decidiram fazer a gravação.

“Quando tive essa ideia pensei que tinha que ser um cara bem visto pelas pessoas, um bom laçador e que o povo admirasse. Um ídolo do laço. Daí um dia eu e o Alan conversando na minha casa, passei minha ideia pra ele e ele topou”, recorda.

O curso tem tido uma ótima repercussão. “Estamos vendendo super bem. As pessoas que estão assistindo estão aprendendo e gostando muito, desde crianças, amadores a profissionais. Todo mundo está gostando muito. Falam que já aprenderam várias técnicas. Principalmente o pessoal que erguia o laço errado, não tirava a distância correta”.

Segundo ele, até o momento quase 440 pessoas já compraram o curso. E a boa aceitação tem a ver com o fato de o Alan ser o laçador mais habilidoso do Brasil.

“Além disso, ele sabe ensinar, o que é muito difícil. O pessoal muitas vezes treina, treina, treina, mas treina errado. E se continuar treinando errado, vai fazer isso a vida inteira e nunca vai aprender. Às vezes falta a oportunidade de ter alguém melhor junto treinando. Você assistindo o curso, vai ter isso”, assegurou.

Bernardo ainda contou que sempre trabalhou com criação, compra e venda de cavalos. Por isso, o envolvimento com o esporte. Além disso, observou que o esporte do Laço Comprido é o que mais cresce no Brasil, mas ainda é pouco valorizado. “Tem pouca mídia em cima dele. Ainda estamos desatualizados”. 

Para driblar a situação ele diz que sempre acreditou "em criatividade no que diz respeito ao laço comprido". Pensando nisso, em outubro do ano passado, Schiochet realizou o rodeio “Desafio no Limite do Laço”, que é considerado o maior evento equestre do Brasil. A prova contou com 115 participantes e premiou o ganhador com R$920 mil. Na competição cada laçador teve 80 oportunidades para laçar o gado. No final da contagem quem conseguiu concluir mais laçadas, levou o prêmio.

Inscrição

Para mais informações só mandar uma mensagem no whatsApp (48) 99616-3401.
 
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