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01/07/2020 às 15:13 | Atualizada: 01/07/2020 às 15:18

Fávaro tentará anular votos de Selma para evitar eleição suplementar

Kamila Arruda

Com o intuito de se manter no cargo e evitar uma nova eleição, o senador 'interino' Carlos Fávaro (PSD) irá recorrer na Justiça para anular os votos da senadora cassada Selma Arruda (Podemos), com isto, ele garantiria a segunda colocação e seria efetivado no cargo. 

A revelação foi feita pelo próprio social democrata. “É uma tese jurídica, na qual os advogados levantam a possibilidade de que 24% dos votos foram considerados nulos pelos ilícitos cometidos pela senadora Selma", justificou.

O parlamentar explica que na mini-reforma realizada em 2015, o legislador não se atentou a isso. "Então, você vota em A ou B, mas se o voto de A for anulado, o de B vai ser anulado também? Precisa pagar pela culpa daquele que teve as contas reprovadas”, explicou Fávaro ao programa Chamada Geral na Rádio Mega FM - 95,9.

Apesar disso, ele afirma que não teme a eleição suplementar. “Os advogados trabalham nisso, mas eu não fico apegado a essa questão. Estou pronto a disputar as eleições”, enfatizou.

Fávaro ocupa a vaga deixada pela juíza aposentada Selma Arruda, que teve o mandato de senadora cassada no final do ano passado por caixa dois e abuso de poder econômico.

O social democrata tomou posse em abril e fica no cargo até realização de nova eleição. O pleito estava marcado para 26 de abril, mas foi suspenso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido à pandemia do novo coronavírus. Os postulantes ao cargo deixado pela ex-magistrada, inclusive, chegaram a registrar as candidaturas junto o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para participarem da disputa.

No total, 12 políticos estão de olho na vaga. Entre eles, está Carlos Fávaro. Com a suspensão do pleito suplementar, a tendência é que o novo senador por Mato Grosso seja definido juntamente com as eleições municipais, que ao que tudo indica ficará para novembro. 

Fávaro aproveita o tempo a mais que ganhou no cargo para se viabilizar e garantir sua efetivação na nova eleição, caso não tenha sucesso na Justiça. 
 
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