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02/07/2020 às 20:37 | Atualizada: 03/07/2020 às 08:14

Botelho é convidado para disputar prefeitura, mas descarta embate com Emanuel

Eduarda Fernandes e Camilla Zeni

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, admitiu ter sido convidado pelo governador Mauro Mendes para disputar a Prefeitura de Cuiabá pelo DEM. Contudo, por ser amigo de Emanuel Pinheiro (MDB), já adiantou que não pretende ir para o embate com o emdebista e só aceitaria o convite caso o atual prefeito de Cuiabá não vá à reeleição.

“É, foi uma das condições que eu coloquei não para o governador, mas para mim, especialmente por conta da relação de amizade que tenho com o prefeito Emanuel Pinheiro, construída aqui dentro dessa Casa e eu não gostaria de entrar num embate com ele. A disputa eleitoral é um pouco dura e passa para, inclusive, agressões, discussões pessoais e eu não gostaria de ter isso com um amigo”, contou Botelho à imprensa nesta quinta-feira (2).

O parlamentar disse, ainda, que não tem informação sobre a decisão de Emanuel e pondera que ainda não está focado na disputa municipal. Quer, primeiro, concluir a Reforma da Previdência no Legislativo Estadual.

“Eu não estou trabalhando focado nisso. Agora, pode acontecer, não estou descartando também a hipótese de participar da eleição. Depende de diversos fatores, evidentemente, mas ainda não estamos focados nisso, estamos focados em encerrar o semestre aqui, encerrar essa reforma da previdência. E daí talvez nós possamos discutir melhor esse assunto”, comenta.

Questionado se o convite para disputar a Prefeitura de Cuiabá partiu diretamente do governador, Botelho responde: “sim, o governador me perguntou se eu poderia ser candidato, se eu teria interesse. Eu disse que, a princípio, poderia ser se vários fatores acontecessem. Então, assim, não estou focado nisso, mas pode ser que nós venhamos a participar lá na frente dessa eleição”, admite.

Apesar do pedido de Mauro, Eduardo Botelho aponta que há outros nomes mais propensos a embarcar na briga pela prefeitura, a exemplo de Fábio Garcia, suplente de senador, presidente regional do Democratas e ex-deputado federal. “O Fábio Garcia é um nome forte. Por enquanto é o nome mais cotado”, afirmou.

“Temos que terminar esse semestre, temos vários projetos aqui como esse da previdência e daí depois do recesso parlamentar podemos discutir melhor isso. Por enquanto estou focado na previdência”, acrescentou.

Calendário eleitoral
Perguntado sobre o adiamento das eleições municipais para 15 de novembro devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, Botelho avalia positivamente a mudança e acredita que, até lá, haverá tempo para diminuir a curva de crescimento da pandemia “e aí vai dar para fazer uma campanha mais tranquila”.

A mudança foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quinta, por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/20. A PEC determina que os dois turnos eleitorais, inicialmente previstos para os dias 4 e 25 de outubro, serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro. Por meio de uma emenda de redação, deputados definiram que caberá ao Congresso decidir sobre o adiamento das eleições por um período ainda maior nas cidades com muitos casos da doença.
 
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