Imprimir

Imprimir Notícia

03/07/2020 às 19:26

Emanuel admite que pode usar leitos de UTI Pediátricas para reduzir fila de espera

Alline Marques

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, informou que vai levar adiante o debate referente à utilização de leitos de UTI Pediátrica para atender adultos e idosos que estão na fila de espera dos pacientes com covid-19. 

O que ocorre é que atualmente existem 15 UTIs Pediátrica cadastrada para atendimento de pacientes crianças com covid, no entanto, em quase 90 dias, segundo Emanuel, estes leitos seguem vazios. "O que eu ponderei, e pondero, é que caso se agrave a situação da saúde, caso haja um colapso diário, não tem sentido manter leitos UTI Pediátricos vazios enquanto se tem adultos e idosos na fila ou morrendo", afirmou. 

O chefe do Executivo adiantou ainda que vai levar sim este debate para o Ministério Público Estadual, especialistas e para a Sociedade Mato-grossense de Pediatras, que chegou a emitir uma nota de repúdio ao prefeito. 

O assunto veio à tona após denúncia feita pela plantonista da UTI Pediátrica do antigo pronto-socorro, Margareth Cordeio, que acabou, inclusive, sendo removida para outro hospital. Ela teria relatado que respiradores da ala pediátrica teriam sido retirados para atender pacientes adultos, deixando assim, os leitos as UTIs sem eficiência para atendimento de casos covid. 

O prefeito negou que tenha ocorrido um desmonte da ala e disse que se trata de "equivoco" falar que estava desativando leitos da UTI pediátrica para atender pacientes covid. 

"Isto não é verdade. Agora o que eu pensei, é que em quase 90 dias, os 15 leitos de UTI pediátrica estão com taxa de ocupação zero, uma ou duas crianças estiveram nestas unidades. Eu sou pai, marido e filho, neto, tenho parentes e amo minha família como voês, acham justo ter 15 leitos vazios, enquanto os 40 adultos estão lotados, e não posso tirar um adulto e idoso da fila? Esta é uma realidade na rede e essa discussão estou levantando com o MP, com especialistas e com a Somape. Se não temos crianças temos que salvar a vida dos adultos", afirmou.
 
 Imprimir