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15/07/2020 às 12:37 | Atualizada: 15/07/2020 às 12:39

Nuvem do 'coronavírus' chegou em MT

Leiagora

Assim como a nuvem de gafanhotos se moveu da Argentina em direção ao Brasil, a covid-19 se moveu do sudeste em direção ao interior do país e, agora, atinge de forma mais violenta a região centro-oeste. Essa foi a comparação do secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, para explicar um dos motivos pelos quais Mato Grosso está no epicentro do coronavírus no país.

No início da pandemia, o discurso que se ouvia no governo do Estado sugeria que a situação da covid-19 não seria tão grave em Mato Grosso, apesar de não ser confortável. No entanto, desde o mês de junho, o Estado tem visto crescer substancialmente o número de pessoas infectadas e de óbitos em decorrência da doença. E o pior, o colapso no sistema de saúde que não tem UTI para atender a demanda de pacientes. 

Para o gestor o fenômeno se deu em razão do comportamento da doença no país. Desde os primeiros registros da covid-19 em Mato Grosso, Gilberto vinha afirmando que não era possível garantir como seria o cenário da doença no centro-oeste, porque projeções já tinham sido descartadas, mostrando que a doença era imprevista.

“Quando a gente olha a infecção no mapa a gente nota que ela veio do sudeste, e está avançando para o centro-oeste. Por isso os estados que estão no centro-oeste estão em franco crescimento de casos. O vírus vem caminhando para o interior do Brasil e nós, nesse momento, estamos nesse circuito. Nós estamos parecidos com a nuvem de gafanhotos, que vem e vem avançando em tudo”, avaliou o gestor.

A melhor saída para conter a infecção seria o isolamento social, mas a população não respeita: "as pessoas estão circulando e não estamos conseguindo controlar a infecção num nível ideal para que esteja alinhada à capacidade assistencial dos hospitais de referência”, finalizou.
 
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