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22/07/2020 às 14:09

Médicos trocam medicação do cacique Raoni

Leiagora

No terceiro dia de internação o Cacique Raoni segue com quadro de infecção intestinal e a necessidade de troca da medicação, conforme o boletim médico desta quarta-feira (22), assinado pelos médicos do Hospital Dois Pinheiros, Douglas Yanai e Fernanda Quinelato.  

“Embora tenham sido utilizados antibióticos de primeira escolha, algumas infecções não respondem como esperávamos. Isso só é possível analisar, depois de alguns dias de tratamento. Por isso ontem (22), no final da tarde,  optou-se por mudança na medicação. Novos exames foram feitos para apontar se vão ser necessárias novas mudanças ou se os remédios que estamos usando agora revolvem o problema,” explica Dr Douglas Yanai.
 
Ainda ontem, o cacique passou por avaliação cardiológica e pneumológica. Os exames apresentaram fibrilação atrial e enfisema de longa data. 

“Nossa equipe fez exames de rotina e acabou detectando as duas patologias, mas isso não tem nenhuma relação com as infeções e as úlceras que estamos tratando, com as quais ele chegou aqui. É um cuidado, um capricho nosso, não deixar passar nada, por se tratar de um paciente com idade mais avançada. Vamos continuar o tratamento da infecção e monitorando no geral”, explica Yanai. 

Hoje (22) o líder indígena permanece em bom estado geral, lúcido e orientado, sem febre, com a pressão arterial controlada, sem mais anormalidades. 

Um novo boletim médico deve ser divulgado amanhã (23), às 10h.  A previsão de alta que estava prevista para amanhã ou sexta-feira pode ser estendida para domingo próximo (26).

Um breve histórico do paciente e informações sobre o Hospital Dois Pinheiros.

O líder do povo Kayapó, Raoni Metuktire, tem 89 anos em registro e está internado desde sábado (18) no Hospital Dois Pinheiros, na cidade de Sinop, região Centro-Oeste do país, Norte de Mato Grosso e localizada a 200 km do Parque Indígena do Xingu, onde reside o cacique.

Há três anos o hospital realiza, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Expedição Xingu, onde profissionais da saúde e acadêmicos levam atendimentos nas áreas de oftalmologia, pediatria, geral e prevenção ao alcoolismo ao parque indígena.


 
 
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