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31/07/2020 às 18:37 | Atualizada: 31/07/2020 às 18:40

Áudio revela que empresário disse ao Samu que Isabele bateu a cabeça; ouça

Eduarda Fernandes

Vazou nesta sexta-feira (31) o áudio da primeira ligação feita pelo empresário Marcelo Martins Cestari, 46 anos, ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após a adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14, ter sido baleada dentro de sua própria residência, no condomínio de luxo Alphaville 1, bairro Jardim Itália, em Cuiabá. À atendente, Marcelo informa que Isabele caiu e bateu a cabeça.

Clique AQUI e ouça o áudio.

“Oi... É, rápido, a menina caiu no banheiro aqui no Alphaville. Tá saindo muito sangue, tá perdendo muito sangue”, diz o empresário logo que a chamada é atendida. “Mas o que aconteceu?”, pergunta a atendente e o empresário responde que Isabele caiu e bateu a cabeça e tá perdendo muito sangue. "Tem uns dois litros de sangue no chão, rápido".

Em seguinda, a atendentende quer pegar os dados de Marcelo, mas ele chega a interromper e chama a adolescente: "Bel", após o silêncio da jovem, ele completa: 
“eu acho que ela tá sem respiração, moça. Rápido”

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Marcelo repete o nome do condomínio, pede agilidade do atendimento e diz que depois se qualifica e continua: “rRápido, moça, por favor, ela tá perdendo muito sangue, muito sangue”. “Ela tá desacordada, não tô sentindo a respiração dela”.

O áudio vazado da ligação termina aos 1min1seg, após a atendente informar que irá passar a chamada para um médico.

A ligação foi feita às 22h03 minutos, após Isabele ser baleada na cabeça supostamente pela filha do empresário. Ela teria inclusive relatado o fato às autoridades policiais e alega que a pistola disparou após cair no chão e ela tentar pegar junto com o case que estaca com duas armas.

Isabele morreu em 12 de julho deste ano, quando passava a tarde na casa de sua amiga, filha de Marcelo Cestari, no condomínio onde moram, o Alphaville 1. Segundo a Polícia Civil, ela foi atingida por um tiro na cabeça, que teria entrado por suas narinas. O caso é tratado como homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

Durante as investigações, a polícia encontrou sete armas na casa da família onde o crime aconteceu e nem todas tinham registro. Isso fez com que Marcelo Cestari fosse preso por posse irregular de armas. Ele foi solto mediante uma fiança de R$ 1 mil, valor que vem sendo questionado na Justiça. 

Cinco dias após a tragédia a polícia realizou uma operação na casa da família Cestari e apreendeu celulares. Nesta ação a polícia utilizou luminol para apurar se o corpo de Isabele foi arrastado e se a cena do crime foi alterada. A perícia também apurou a trajetória da bala e a distância. O caso envolvendo a família Cestari e a família Guimarães é acompanhado por duas delegacias da Polícia Civil.
 
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