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05/08/2020 às 20:18 | Atualizada: 05/08/2020 às 20:27

Riva: 'documentos foram destruídos para não comprometer outros deputados'

Alline Marques

O ex-deputado José Riva revelou que documentos teriam sido destruídos para não comprometer outros parlamentares, que segundo ele, também cometiam irregularidades tanto com a verba de suprimentos, com a indenizatória.  

“Quando ocorreu a busca e apreensão, veio a nossa prisão em função da Operação Metástase, fomos comunicados, inclusive em reunião com o MP, de que todos os documentos em relação a outros deputados e a Primeira-secretaria foram destruídos, juntamente com os documentos da verba indenizatória, que seguia os mesmos modis operandis da verba de suprimentos”, relatou em vídeo que consta nos autos do processo. 

Ainda de acordo com Riva, a destruição de provas teria ocorrido na época em que Guilherme Maluf era presidente da Assembleia Legislativa. “Esses documentos foram destruídos e retirados de AL na mesa do deputado Guilherme Maluf, que era presidente, eles foram destruídos para que outros deputados e ele mesmo não fossem atingidos por essa operação”. 

Em nota, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Guilherme Maluf, negou as acusações feitas pelo delator José Geraldo Riva e lamentou “que mais uma vez o delator apresente denúncia sem absolutamente nenhum prova”. "Na minha gestão à frente da Assembleia Legislativa não houve destruição de documentos. Ao contrário da gestão do delator  à frente do Poder Legislativo, que aprovou inclusive lei e incinerou documentos do Parlamento".

Riva reforçou ainda na delação que o esquema de desvio da verba de suprimentos não ocorria somente em seu gabinete, mas em todos os demais, em menor proporção, já que a Presidência e a Primeira-secretaria recebiam mais recursos para esta finalidade em função das demandas institucionais. 

O esquema consistia na utilização de servidores de confiança que sacavam o dinheiro e repassavam ao chefe de gabinete do na época deputado Riva. Este recurso era destinado para fins eleitoreiros, políticos e até sociais, como pagamento de funeral, translado, compra de medicamentos e pagamento de cirurgias. Além disso, existia um conselho dentro da Presidência que definia a destinação dos recursos analisando os ganhos e alcances políticos e sociais dos gatos.
 
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