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07/08/2020 às 11:45

Caravana da Transformação entra na mira do MPF por suspeita de desvio de dinheiro

Camilla Zeni

O maior programa assistencialista da gestão Pedro Taques no governo de Mato Grosso continua sendo alvo de investigações dos órgãos de controle. Dessa vez foi o Ministério Público Federal que abriu um procedimento para apurar irregularidades no evento.

De acordo com a procuradora da República Ariella Barbosa Lima, responsável pela abertura do inquérito no dia 29 de julho, o MPF apura se houve desvio de recursos no pagamento dos serviços de diagnóstico e cirurgia de catarata durante a caravana. 

A procuradora explica ainda que o governo teria usado recursos federais para o pagamento, de forma que o caso merece a investigação do Ministério Público Federal.

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O Ministério Público Estadual (MPE) também apura irregularidades nos pagamentos feitos na caravana e chegou a deflagrar a operação Catarata, em setembro de 2018, para subsidiar as investigações. Na época o promotor de Justiça Mauro Zaque apontou que auditoria teria encontrado suspeita de superfaturamento e fraude nos relatórios.

Segundo o MPE, o governo teria pago com cirurgias que não foram realizadas, devido a uma falha na forma de controle dos procedimentos. O caso ficou nacionalmente conhecido, com ampla divulgação da imprensa.

Contudo, desde o início da operação, a gestão Pedro Taques nega que houvesse irregularidades. Ainda assim, o MP pediu na Justiça a suspensão do contrato e a condenação do ex-secretário de Saúde por improbidade administrativa, com pagamento de multa de R$ 1,9 milhão.

Caravana
A Caravana foi criada no governo Pedro Taques e contou com 14 edições em diferentes regiões de Mato Grosso. Iniciada em julho de 2016, foi finalizada em 2018, já sob suspeita de fraudes. Além das cirurgias oftalmológicas, serviços de cidadania também foram levados, assim como de outros órgãos parceiros.
 
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