Imprimir

Imprimir Notícia

12/08/2020 às 12:01 | Atualizada: 12/08/2020 às 12:56

Inquérito que apura morte de Isabele deve ser prorrogado

Luzia Araújo

O inquérito policial que investiga a morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, deve ser prorrogado. Nesta quarta-feira (12), o crime completa 30 dias, prazo que a Polícia Civil tem para concluir as investigações, porém elas ainda seguem em andamento e é possível que seja realizada uma reconstituição.  

Na manhã dessa terça-feira (12), a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) entregou dois laudos de exames periciais realizados na residência onde a adolescente morreu, no dia 12 de julho. 

Os resultados dos exames de balística e do local do crime foram entregues ao delegado Wagner Bassi. Ele é responsável pelo inquérito que tramita na Delegacia Especializada do Adolescente – DEA. A investigação é feita em conjunto com a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – DEDDICA.

Segundo a Polícia Civil todas as circunstâncias que envolvem o crime são objeto de apuração e não pode comentar nenhuma informação a fim de não atrapalhar o inquérito. Foram ouvidas em depoimentos todas as pessoas que estiveram na cena do crime, antes e após o fato, assim como aquelas pessoas que podiam contribuir com a investigação. 

As oitivas dos adolescentes ouvidos no inquérito foram realizadas por meio de Depoimento Especial, com profissionais devidamente capacitados na técnica adequada conforme definida na Lei n. 13.431/2017, que visa preservar crianças e adolescentes vítimas e testemunhas em seus depoimentos policiais e judiciais.

PERÍCIAS

Imediatamente após o fato, ainda no dia 12, foram realizadas as primeiras diligências investigativas e perícia do local. Após as análises iniciais, foram realizadas Buscas e Apreensões, com autorização judicial, a fim de localizar, apreender e preservar elementos probatórios diversos. 

Foram coletadas imagens existentes no entorno da residência onde ocorreu o fato, de vizinhos, do condomínio, bem como áudios e mensagens captados dos telefones e interfone. Os telefones celulares de todas as pessoas que estiverem no cenário delituoso também passam por análise pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, sendo apuradas todas as ligações e mensagens efetuadas antes e após o crime.

A Polícia Civil também realizou junto com a Perícia Oficial do Estado (Politec) a aplicação de luminol para localizar possíveis manchas de sangue no local. Com este agente químico, a perícia pode identificar, inclusive, manchas de sangue que eventualmente tenham sido limpas. 

Além dessa perícia complementar, a Politec realizou exames para estimar distância e trajetória do disparo. As armas estão sendo periciadas para identificar possíveis alterações de suas características originais de fábrica.  Todos esses exames aguardam conclusão.
 
 Imprimir