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19/08/2020 às 18:44 | Atualizada: 19/08/2020 às 18:48

Avião de Cestari é avaliado em 500 mil dólares

Leiagora

Um dos argumentos usados pela defesa do empresário Marcelo Martins Cestari, para reduzir o valor da fiança decorrente de sua prisão por posse irregular de arma de fogo, foi que ele passa por dificuldades financeiras. É um tanto difícil crer que passa por “dificuldades financeiras” uma pessoa proprietária de uma aeronave avaliada em 500 mil dólares (mais de 2,7 milhões de reais hoje) e, além disso, é sócia de uma empresa cujo capital é de R$ 10,4 milhões, dono de um Lamborghini G Spyder, avaliado em R$ 425 mil, e de uma casa em condomínio de alto padrão na Capital mato-grossense.

Marcelo é pai da adolescente investigada pela morte da estudante Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, na noite de 12 de julho. Isabele levou um tiro na cabeça dentro do banheiro da filha do empresário.

Em dezembro do ano passado, a aeronave fez um pouso de emergência no aeroporto de Brasília após apresentar problemas no trem de pouso. Ele alega que o avião está sem uso desde então por conta das avarias. Os orçamentos para manutenção variaram entre R$ 105,7 mil e R$ 514,1 mil.


Inicialmente, Marcelo pagou R$ 1 mil de fiança e foi liberado. O advogado que representa a família de Isabele considerou o valor desproporcional e pediu majoração. O juiz João Bosco atendeu ao pedido e elevou a fiança para R$ 209 mil. O desembargador Rondon Bassil Dower Filho do Tribunal de Justiça suspendeu a decisão e, após Marcelo ser ouvido, o juiz fixou o valor em R$ 52,2 mil, o equivalente a 50 salários mínimos. Por fim, o Ministério Público pediu majoração para R$ 104 mil, apontando que Cestari comprou R$ 45 mil em armas durante pandemia.
 
 
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