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25/08/2020 às 15:15

Advogado acusado de liderar esquema de sonegação tem pedido de liberdade negado

Camilla Zeni

A juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou revogar a prisão preventiva do advogado Anilton Gomes Rodrigues, em decisão publicada no Diário de Justiça Eletrônico desta terça-feira (25).

O advogado está preso desde outubro de 2019, quando foi alvo da Operação Fake Paper, deflagrada pela Polícia Civil, e já tentou liberdade outras vezes, mas teve negado o pedido em maio e em junho deste ano. 

Segundo a Polícia Civil, Anilton seria líder de uma organização criminosa que falsificou documentos públicos e notas fiscais frias. Ao todo, estima-se que o grupo tenha promovido fraude de R$ 337 milhões, causando prejuízo à arrecadação tributária do Estado. 

As investigações apontaram que as notas fiscais frias eram usadas por produtores rurais e empresas para o crime de sonegação fiscal. Ainda, o esquema possibilitou fraude em licitações e "esquentas" de mercadorias furtadas. 

Na época, a Polícia Civil informou que começou as investigações após detectar, no sistema da Secretaria de Estado de Fazenda, que algumas notas fiscais tinham lançamento de saída de produtos que nunca deram entrada no sistema. Um dos delegados que conduziram a investigação, Rafael Vieira, do núcleo de inteligência da Delegacia Fazendária (Defaz), disse que o esquema era “grosseiro”, já que havia falhas graves na emissão das notas.

A estimativa é de que a organização criminosa tenha emitido mais de 6,4 mil de notas fiscais frias, atuando em Mato Grosso desde 2014.
 
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