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28/08/2020 às 11:45

Silval e ex-secretários se tornam réus por esquema que desviou R$ 7 milhões

Camilla Zeni

O ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa, quatro ex-secretários e outras cinco pessoas se tornaram réus na Justiça acusados de improbidade administrativa, no caso que investigou o desvio de R$ 7 milhões do governo do Estado. 

Denúncia oferecida pelo Ministério Público, com o objetivo de garantir que o valor seja ressarcido aos cofres públicos, foi aceita pelo juiz Bruno D'Oliveira Marques, da Vara de Ação Civil Pública e Popular de Cuiabá, no dia 25 de agosto.

Conforme o Ministério Público, a organização criminosa aproveitou de cargos públicos de seus membros para a edição de decretos, despachos e outros atos administrativos para praticar o crime. O órgão ainda observou que cabia ao ex-governador, ao ex-secretário Pedro Nadaf, e ao ex-procurador do Estado Chico Lima a função de liderança na organização.

Na Operação Seven, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), descobriu-se que o grupo criminoso, formado, segundo a denúncia, por 16 pessoas, teria levado o governo a comprar um imóvel de 727,9 hectares, fazendo a desapropriação da área, de propriedade do empresário Filinto Corrêa da Costa, por um valor que estaria superfaturado em R$ 4 milhões. 

O objetivo, segundo o governo, era a expansão do Parque Estadual das Águas, localizado em Cuiabá, mas as investigações apontaram que, no entanto, não havia comprovação dos limites da área comprada, sendo que, para o Ministério Público, havia a possibilidade de que o terreno pudesse ser do próprio Estado.  

Na ação, o magistrado observou a participação de cada denunciado no esquema e concluiu pela rejeição da denúncia em relação a seis denunciados.

Contudo, afirmou que há indícios contra Silval e os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto e José Nunes Cordeiro. Ainda, contra o ex-procurador do Estado Chico Lima, o ex-gerente de Regularização Fundiária da Secretaria de Meio Ambiente, Francisval Akerley da Costa, e o superintendente de Biodiversidade da Sema, Cláudio Takayuki Shida.

Também se tornaram réus Filinto Corrêa da Costa e Marcos Amorim da Silva.
 
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