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01/09/2020 às 12:20 | Atualizada: 01/09/2020 às 13:37

Empresa que administra Ganha Tempo duplicava CPF; entenda o esquema

Luzia Araújo

O delegado José Ricardo Bruno, responsável pelas investigações da “Operação Tempo é Dinheiro”, disse que a empresa Rio Verde, administradora das unidades do Ganha Tempo em Mato Grosso, utilizava uma gama extensa de práticas que poderiam incidir em registros de atendimentos possíveis de serem fraldados. Entre elas estão a duplicação de CPFs e o atendimento em menos de 30 segundos, sendo este último o mais utilizado. 

A Operação Tempo é Dinheiro foi deflagrada na manhã desta terça-feira (1º) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para apurar indícios de lançamento de atendimentos fictícios por parte da empresa, gerando uma contraprestação estatal indevida. Isto porque, parte do recebimento do contrato é pelo número de atendimento realizado pela empresa nas unidades. 

O atendimento em tempo irrisório foi a fralde mais praticada pela empresa, segundo José Ricardo. “Para o atendimento ser considerado válido e apto, sendo o contrato a ser remunerado, tem que percorrer uma série de requisitos e alguns deles estavam acontecendo em menos de 30 e 60 segundos. Coisas que a Controladoria Geral do Estado (CGE) apontou que era humanamente impossível”. 

Além disso, o delegado explicou também que a Rio Verde realizava vários atendimentos para o mesmo CPF, atendimento lançados sem CPF e até atendimentos para o mesmo CPF, no mesmo dia, em unidades com mais de 200km de distância. “Existem várias práticas irregulares passível de uma conduta criminal”, destacou. 

Enquanto a empresa é investigada, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) irá assumir o atendimento nas sete unidades do  Ganha Tempo no estado. 


 
 
 
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