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08/09/2020 às 13:42 | Atualizada: 08/09/2020 às 14:07

Brasileiro que se escondeu em MT após homicídio em Portugal é preso

Leiagora

O brasileiro Sandro Rogério da Silva, de 42 anos, que estava foragido, acusado de cometer um homicídio em Portugal, foi preso preventivamente em São Paulo, em 11 de junho deste ano. Após o crime, ele teria fugido para o Brasil e fixado residência no município de Tangará da Serra. O caso só pôde ser divulgado agora com o levantamento do sigilo do processo.

Segundo a investigação conduzida por autoridades portuguesas, ele teria sido o responsável pelo homicídio do português Luís Filipe Carecho Nunes e pela tentativa de homicídio contra o ucraniano Roman Adazhiy. Os crimes ocorreram em janeiro de 2007, na cidade de Entroncamento, distrito de Santarém, em Portugal.

De acordo com o processo, as vítimas Luís Filipe Carecho Nunes e Roman Adazhiy se desentenderam com Sandro na madrugada de 28 de janeiro daquele ano, por causa de uma dívida de 25 euros em uma casa de prostituição, da qual a companheira do acusado era proprietária.

Sandro teria perseguido o veículo dos dois homens e disparado com arma de fogo, atingindo Luís Felipe na cabeça. Roman conseguiu fugir. Luís não resistiu ao ferimento e morreu em dois de fevereiro daquele mesmo ano. Após o crime, Sandro fugiu para a Espanha e depois veio para o Brasil, em companhia da mulher e da filha, vindo a fixar residência em Tangará da Serra.

Como a Constituição Federal não autoriza a extradição de brasileiros natos, Portugal transferiu o processo para o Brasil, nos termos de Tratado de Extradição (Decreto 1.325/1994). O processo foi submetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes de seu encaminhamento definitivo a Mato Grosso, local de residência do investigado.

Ele foi denunciado à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Mato Grosso (MPF-MT).

A prisão preventiva de Sandro foi decretada em 27 de novembro de 2019, pelo juiz federal Francisco Antonio de Moura Junior, principalmente pelo fato de o acusado, desde a data do crime ocorrido em Portugal, ter fugido para o Brasil.

Em 19 de junho deste ano, a Justiça Federal de Mato Grosso determinou a comunicação da prisão à viúva e familiares da vítima. O processo agora prosseguirá para determinar a culpabilidade ou não do acusado.

 
Com informações do MPF-MT
 
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