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11/09/2020 às 11:30

Adolescente morta por namorado tinha medida protetiva contra autor do crime

Metropoles

Oautor confesso do assassinato de Karolina de Souza Silva, de 17 anos, tem quatro processos por ato infracional e uma guia de medida socioeducativa por ato análogo à lesão corporal no âmbito de violência doméstica. As informações são do iG.

O episódio que motivou a vítima a pedir medidas protetivas ocorreu em 14 de agosto de 2018, quando o namorado ainda era menor de idade, segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que converteu a prisão em flagrante pela morte em preventiva, nessa quinta-feira (10/9).

De acordo com os autos do processo, policiais militares foram acionados por moradores que imobilizaram Gustavo após ele ter provocado um corte no pescoço de Karolina, acertando a veia jugular. Assim que os policiais chegaram, Gustavo confessou o crime e indicou onde estava o corpo da vítima.

A equipe da perícia técnica da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa constatou que foi utilizada uma arma branca do tipo “serrinha de alumínio” e uma espátula. Ambas foram apreendidas.

Na delegacia, Gustavo relatou que mantinha um relacionamento com a garota e havia marcado de encontrá-la na noite de quarta-feira (9/9). Ele afirmou que os dois consumiram bebidas alcoólicas, tiveram relações sexuais e conversaram sobre o namoro. Em seguida, Gustavo foi conferir as mensagens registradas no celular da garota e afirma que ela também olhou o celular dele. O rapaz assumiu ter sido “sempre muito possessivo” com a vítima e que ficou com “raiva” ao ver que Karolina conversava com outros homens.

Antes de matar a garota, Gustavo contou ter desferido um “mata leão” que a fez desmaiar. Explicou também ter pego as armas do crime enquanto a vítima estava desacordada. Com Karolina já morta, o autor enviou uma mensagem para a mãe e para a prima da menina relatando o que havia feito.

Além da agressão sofrida em agosto de 2018, que resultou em internação por medida socioeducativa para Gustavo, a vítima também denunciou ter sido alvo de ameaças de morte “diversas vezes” em áudios enviados por ele em fevereiro de 2019, após uma audiência do caso de violência doméstica.
 
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