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12/09/2020 às 08:53 | Atualizada: 18/09/2020 às 13:17

Emanuel e 9 ex-deputados se tornam réus por receberem 'mensalinho' de Silval

Eduarda Fernandes

O juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, acolheu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), réu devido à cena em que aparece recebendo maços de dinheiro no gabinete de Silvio César Corrêa de Araújo, que à época era chefe de gabinete do então governador Silval Barbosa.

Além de Emanuel, outros nove ex-deputados que foram filmados, também se tornaram réus. São eles: Ezequiel Ângelo Fonseca, José Domingos Fraga Filho, Luiz Marinho de Souza Botelho, Airton Rondina “Português”, Luciane Azoia Bezerra, Alexandre César, Gilmar Fabris, Carlos Antônio Azambuja e José Joaquim de Souza Filho “Baiano Filho”. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (11).

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O vídeo veio à tona há mais de três anos. A cena, segundo delação de Silval, revelava um esquema de pagamento de propina, apelidado de “mensalinho”, que servia para garantir sua governabilidade sem empecilhos na Assembleia Legislativa.

Todos eram deputados estaduais quando foram gravados entre 2012 e 2013. Conforme Silval, a entrega do dinheiro era feita na sala de seu então chefe de gabinete, onde havia uma câmera escondida. Silval e Silvio planejaram gravar os deputados.

O ex-governador disse em sua delação que firmou acordo com parlamentares para manter sua governabilidade, ter as contas do governo aprovadas, os interesses do Poder Executivo priorizados na Assembleia, além de não ter nenhum dos membros do alto escalão do Estado investigados em Comissão Parlamentar de Inquérito.

Em troca, os deputados teriam recebido propina no valor de R$ 600 mil, divididos em 12 parcelas de R$ 50 mil. Os valores eram pagos a partir de retornos de recursos do programa MT Integrado, de incentivos fiscais e das obras relativas à Copa do Mundo de 2014.

OUTRO LADO

Em nota, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse ter tomado conhecimento do fato pela imprensa e não foi intimado ainda sobre o teor da decisão. Ele r
eiterou que o processo servirá para trazer a realidade dos fatos a tona e provar a minha inocência.

Veja íntegra da nota

Sobre as notícias veiculadas na mídia nesta manhã de sábado, 12/09/2020, informo que tomei conhecimento apenas pela imprensa do eventual recebimento da denúncia por parte do juízo da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, portanto, até o presente momento não fui formalmente intimado do teor de tal decisão.

Como já dito em outras oportunidades, caso realmente esta denúncia tenha sido recebida, reitero que o processo servirá para trazer a realidade dos fatos a tona e provar a minha inocência.

No momento minha prioridade é o povo cuiabano e fazer frente as minhas responsabilidades com a capital mato-grossense.

Tenho muita fé na justiça e esperança no futuro.
 
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