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13/09/2020 às 11:37

Conheça Viviane Araújo: a primeira mulher do DF a lutar no UFC

Leiagora

No começo deste mês, a brasiliense Viviane Araújo subiu ao ringue do UFC para derrotar a norte-americana Montana De La Rosa. A número sete no ranking peso mosca do maior evento de lutas já tem luta cotada para dezembro e conta um pouco de suas raízes ao Metrópoles.

Por pouco Viviane não trocou as luvas pelas chuteiras. Quem vê tanto talento no octógono do UFC não imagina que a carreira de atleta de Vivi tenha começado no futebol. “Eu sempre fui atlética e sempre me destaquei em atividades físicas. Eu jogava futebol, cheguei a jogar no Cresspom”, conta.

Mas a convite de um mestre em Ceilândia, Vivi começou a treinar Jiu-jitsu. E aposentou de vez as chuteiras. Ali começava a carreira no mundo das lutas. Ela passou a competir no Cei Jiu-Jitsu, projeto social em Ceilândia, do professor Claudio Careca. Hoje, Viviane mora na Asa Norte para facilitar o acesso à academia Cerrado MMA, onde treina, na 604 norte.

Em 2015, foi apresentada ao Muay Thai e passou a treinar as Mixed Martial Arts (MMA). A estreia internacional aconteceu no Pancrase, evento disputado no Japão. Por lá, a brasiliense conquistou não só fãs, como disputou o cinturão no peso palha, vencendo e chegando ao topo da categoria. Assim, o convite para o UFC era questão de tempo.

UFC
A chegada ao UFC aconteceu de forma repentina e inesperada. Com a conquista do cinturão do Pancrase, a organização sondou a atleta para participar do The Contender, evento com revelações do mundo das lutas.

Mas a estreia viria em um evento no Brasil. Viviane foi convidada de última hora para substituir uma lutadora no UFC 237, no Rio de Janeiro em maio de 2019, e enfrentaria outra brasileira: Talita Bernardo. E a mensagem de boas-vindas para o chefe Dana White veio com um nocaute avassalador. “Tenho um estilo que todo fã de uma boa luta gosta: vou pra trocação e pra luta franca”, diz.

Dois meses depois, nova vitória. Dessa vez sobre Alexis Davis, sétima no ranking da categoria. Porém, a rápida ascensão foi interrompida no fim do ano passado. Em uma luta dura contra Jessica Eye, número 2 do ranking à época, a brasiliense perdeu a luta na decisão dos juízes, mas o prejuízo seria ainda maior: fratura na mão e a necessidade de cirurgia.

Afastada dos combates, Vivi também sofreu com outro drama: perdeu a avó, vítima de complicações da Covid-19. Mas a brasiliense sacudiu a poeira e voltou ao octógono no dia 5 de setembro. E ao caminho das vitórias. Triunfo por decisão unânime sobre Montana De La Rosa e subida para a sétima colocação no ranking da categoria peso mosca.

Agora, Viviane já tem luta prevista para dezembro. E se orgulha de trilhar o mesmo caminho de outros lutadores brasilienses no UFC como Rani Yahya, Paulo Thiago, Francisco Trinaldo (Massaranduba), Vicente Luque, entre outros. “Me sinto muito privilegiada por ser a primeira mulher de Brasília a conquistar um espaço no UFC. E representar a cidade de Ceilândia, que para mim é um lugar de pessoas trabalhadoras e fortes. Reconhecer o lugar onde cresci é minha maneira de mostrar como sou grata por tudo que recebi”, finaliza.

 
Com informações do Metrópoles
 
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