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15/09/2020 às 09:23

PSL está rachado e filiados se dividem entre Elizeu e coronel Fernanda

Alline Marques

Apesar de o PSL já ter declarado apoio ao deputado estadual Elizeu Nascimento (DC) na disputa ao Senado, inclusive com a indicação dos suplentes, o partido que já vinha rachado devido à crise nacional, acabou escancarando o problema. Isto porque, os deputados Nelson Barbudo, federal, e Silio Fávero, estadual, já declararam apoio à coronel Fernanda (Patriota), a candidata do presidente Jair Bolsonaro. 

A justificativa para apoiar a militar é justamente o apoio incondicional ao presidente. Fávero declarou que irá seguir a decisão de Bolsonaro em apoiar à coronel Fernanda ao Senado, na eleição suplementar em Mato Grosso. 

Conforme a coronel, apoio desses parlamentares mostra o compromisso com o presidente e o país. “Nos unimos em prol de uma missão, em princípio, eu e o presidente, agora ganhamos a adesão de um aliado importante, o Fávero, que compartilha do mesmo propósito que nós. Lutar em benefício do desenvolvimento de Mato Grosso e ajudar a fortalecer as políticas públicas”, revela.

Elizeu Nascimento garante que o PSL estará com ele nessa disputa. Em março, o PSL indicou inclusive dois militares para a chapa: o tenente-coronel Zilmar Dias da Silva, para a primeira suplência, e a terceira-sargenta Lucélia Alves dos Santos. 

Por outro lado, Fávero engrossa a fileira do PSL que fortalece a pré-candidatura da coronel, a exemplo do deputado federal Barbudo, o deputados mais votado do Estado, que já declarou publicamente apoio à militar.

O parlamentar possui base política na região Norte do Estado, onde adquiriu cerca de 50% dos votos que o elegeu deputado, mais especificamente no município de Lucas do Rio Verde, onde foi vice-prefeito.

Entenda a crise no PSL

No ano passado, o PSL nacional rachou entre o grupo de Bolsonaro e do presidente da sigla, Luciano Bivar. Na época, vários aliados do chefe do País deixaram o partido, dentre eles, o filho Eduardo Bolsonaro.

Barbudo chegou a ficar ao lado de Bivar e teria se indisposto com Bolsonaro, mas vem tentando consertar essa relação e já deixou claro que aguarda a criação do Aliança Brasil para migrar do partido. Fávero chegou a fazer uma consulta à Justiça Eleitoral para tentar deixar o PSL, mas não foi autorizado. 
 
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