Imprimir

Imprimir Notícia

16/09/2020 às 09:10

Botelho aposta em mutirão e não descarta corte de salário para evitar falta de quórum na AL

Camilla Zeni

O discurso não é novo e sempre volta aos corredores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) de tempos em tempos: para evitar falta de quórum nas sessões de votação, a Presidência pode promover o corte no salário dos deputados faltantes.

A medida, segundo o presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (DEM), pode ser adotada nos próximas semanas, quando os parlamentares estarão se movimentando em razão das eleições municipais e suplementar, para vaga no Senado. Contudo, ele aposta que não será necessário, visto que as sessões plenárias já são realizadas apenas em um dia na semana, às quartas-feiras.

“Eu vou discutir com os deputados e vamos continuar com as sessões virtuais. Acredito que não vai ter problema de quórum, mas vou convocá-los e, se preciso, faço sessões de mutirão para limpeza de pauta. Mas vou aguardar para ver se vai ser necessário”, comentou o parlamentar, que retorna à Assembleia na quinta-feira (17), após licença para tratamento de saúde.

As eleições estão marcadas para 15 de novembro e contam com dois deputados na disputa: Valdir Barranco (PT) e Elizeu Nascimento (DC) se postulação para serem representantes do Estado no Senado. Nenhum parlamentar tentará ser prefeito.

No caso das participações diretas, Barranco decidiu se afastar da Assembleia para se dedicar à campanha. No entanto, Elizeu Nascimento informou que não vai dar espaço para o suplente, e seguirá em campanha e com as atividades legislativas. 

Além desses dois, Eduardo Botelho também informou que estaria envolvido nas campanhas municipais, como coordenador, e Wilson Santos (PSDB) também atua na campanha de Zé Carlos do Pátio (Solidariedade), que tenta reeleição em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Outros parlamentares fazem trabalho de base para ajudar seus candidatos.

Na Assembleia, atualmente, dois projetos destaques aguardam votação. Um foi proposto pelo deputado Lúdio Cabral, que pretende revogar o que ele chama de “confisco” da aposentadoria. Trata-se da aplicação de alíquota de 14% para desconto previdenciário no benefício de aposentados e pensionistas, que foi aprovado no início do ano, como parte da reforma da previdência estadual. 

Outro projeto é a Lei Orçamentária Anual, enviada pelo governo do Estado. A previsão é que Mato Grosso tenha uma receita primária total de R$ 18 bilhões para 2021, enquanto as despesas ficam em R$ 17,8 bilhões. O projeto está sob vista do deputado Valdir Barranco.
 
 Imprimir