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18/09/2020 às 09:00 | Atualizada: 18/09/2020 às 09:52

Combate às queimadas no Pantanal em MT recebe R$ 30 milhões da União

Eduarda Fernandes e Maria Clara Cabral

Em 30 dias, o governo do Estado já recebeu com R$ 30 milhões  do governo Federal para combater as queimadas no Pantanal. Os últimos R$ 10 milhões foram liberados esta semana e anunciado na vinda do ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Este último recurso só foi possível porque o governo estadual decretou estado de calamidade por conta dos incêndios florestais, na segunda (14). Os recursos são para contratação de aeronaves, reforço das equipes de combate aos incêndios, resgates de animais silvestres e compra de retardantes, um produto que auxilia no controle do avanço das chamas.

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“Isso é um reforço dentro de um plano de trabalho apresentado pelo Estado. As necessidades que foram apresentadas pelo governo estão sendo suportadas por esse primeiro aporte financeiro, se houver necessidade, nós estamos à disposição para aportar mais recursos, a exemplo do que já fizemos em dois municípios de Mato Grosso que nos solicitaram, Poconé e Barão de Melgaço”, explicou Rogério Marinho.

Segundo o ministro, mesmo após a chegada do período de chuva, o ministério continuará empenhado em pensar em soluções para evitar que queimadas desse porte ocorram novamente.

“Temos conversado com o governador e com a bancada a necessidade de discutirmos formas de, no futuro, prevenirmos situações como essas. Porque isso nos traz também a lembrança que muitas vezes estamos numa zona de conforto, então é necessário que tenhamos a prevenção para o futuro”, pontuou.

Neste sentido, o ministro afirmou que o governo federal está solidário à situação e disposto a trabalhar em conjunto com o Governo do Estado.

“Vínhamos controlando os focos com a atuação incisiva de várias equipes do Corpo de Bombeiros, ICMbio, Exército Brasileiro, Sema, Prefeituras e voluntários, porém nos últimos dias tivemos várias ocorrências de grande porte, e essa ajuda financeira vai contribuir no combate aos incêndios”, comentou o governador Mauro Mendes (DEM).

Mauro justificou que não decretou o estado de calamidade antes porque as equipes do Estado estavam conseguindo controlar os incêndios. “Há um mês a situação estava, entre aspas, dentro de um controle, dentro de uma razoável normalidade, considerando que essas ocorrências não iniciaram agora. Talvez há muitas e muitas décadas há existência de queimadas. O que aconteceu foi que na última semana houveram novos focos em diversas regiões com grande dificuldade de acesso, e aí o fogo tomou uma proporção muito maior no Pantanal. Por isso que, diante da gravidade e da proporção, é que o governo do Estado decretou então esse estado de calamidade”, disse.

Além disso, Mauro explicou que o decreto de calamidade permite acelerar os processos de contratações e nova aquisições para serem empregadas no combate.
 
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