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23/09/2020 às 10:15 | Atualizada: 23/09/2020 às 10:28

Mulher denúncia colegas de trabalho por racismo ao passar por iniciação na Umbanda

Luzia Araújo

Uma mulher de 41 anos denunciou duas colegas de trabalho por intolerância religiosa, constrangimento ilegal e racismo. A vítima relatou que pertence à religião Umbanda e fez a iniciação na religião, ato que é necessário raspar a cabeça, o que teria motivado a demissão da empresa. 

A mulher relatou que foi trabalhar usando tocas para evitar comentário e em determinado momento precisou ir ao banheiro, sendo acompanhada pela supervisora, que a viu sem a toca. Questionada sobre estar careca e se estava com câncer, ela respondeu que não.

No dia 17 de agosto, foi chamada no escritório da empresa, onde esperou por duas horas, sendo atendida por outra representante que a mandou tirar a toca, percebendo clara expressão de reprovação e em seguida foi informada pela funcionária que esse tipo de religião não cabia na empresa, pois "além de ser negra, era macumbeira", que ela “tinha que procurar Deus para se salvar” e que “pessoa da cor dela e macumbeira não pode participar do quadro de funcionário da empresa".

A representante exigiu que ela assinasse o aviso prévio e comunicou que a mesma deveria cumprir o aviso prévio dentro do escritório, pois não queria que ninguém a visse “daquele jeito”.

A vítima relatou que o abalo emocional foi enorme diante da falta de respeito, intolerância religiosa e o racismo das representantes da empresa, além da humilhação diante todos os colegas de trabalho, que ficaram sabendo de sua demissão e o motivo, antes mesmo dela.

O caso será investigado pela Polícia Civil.
 
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