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29/10/2020 às 10:01 | Atualizada: 29/10/2020 às 10:03

Fávaro diz que falta de soja é excepcionalidade e mercado vai se regular

Edyeverson Hilario

O candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD), disse que é contra intervenções do Estado na economia. A declaração foi dada quando ele foi questionado sobre suas propostas para solucionar o problema da falta de soja para as indústrias mato-grossense. Contudo, ele classificou a atual conjuntura como excepcional e disse que o mercado se autorregula.

A fala foi proferida durante uma entrevista ao Política Agora, quando foi pontuado que, por conta das exportações recordes, indústrias mato-grossense podem ter que parar de operar até o fim do ano, devido à falta de matéria-prima.

Fávaro disse ser contra o Projeto de Lei estadual, que visa limitar as exportações das commodities mato-grossense em 70% do total produzido, apresentado na Assembleia Legislativa do Estado (ALMT).

Fávaro disse que esse cenário é temporário e que em dezembro essa situação já terá sido solucionada. “Isso é muito temporário. Nós estamos no final do mês de outubro, normalmente as indústrias param para manutenção. Elas trabalham 11 meses e param no começo de dezembro para manutenção”.

Segundo ele, esse período é usado para férias coletivas e no começo do ano, voltam os trabalhos com safra nova. “Nós temos uma característica de soja superprecoce plantada em MT para que nós possamos fazer algodão, de segunda safra. Então, final de dezembro já tem safra nova, começo de dezembro está parado para manutenção. Nós temos que superar esse momento de 30 dias, no mês de novembro, com escassez de produtos”.

O candidato ainda afirmou que não concorda que a Companhia Nacional de Abastecimento, compre o cereal para tentar segurar os preços. “O mercado é soberano”. Além disso, disse que “o recurso público tem que ser destinado para política pública, para os mais humildes. Comprar soja para garantir mercado é contra razoável. Temos que deixar o mercado se regular”.

Pelo contrário, ele disse que é importante investir em competitividade, para que novas indústrias venham “compram o produto aqui, industrialize, gere emprego, gere oportunidades e a partir daqui, saia produtos semielaborados ou elaborados para o mundo a fora. Mas temos que respeitar também a lei de mercado”.
 
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