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29/10/2020 às 19:00 | Atualizada: 29/10/2020 às 19:01

Reinaldo é contra intervenção no mercado da soja, mas defende atuação da Conab

Edyeverson Hilário

Contrário a qualquer tipo de intervenção do governo na economia, o candidato ao Senado, Reinaldo Morais (PSC), defendeu, contudo, políticas públicas que promovam segurança alimentar para os brasileiros e para isso, a Conab deveria ser usada de forma estratégica.

A declaração foi dada durante o programa de entrevista Política Agora, após o candidato ter sido questionado sobre como ele pretende solucionar o problema da falta de soja que o Estado tem enfrentado, caso seja eleito. É que por conta das exportações recordes a maior parte da soja mato-grossense foi enviada para a China e agora, com pouca oferta e demanda elevada, muitas indústrias correm o risco de parar de trabalhar.

Ele sustentou que muitos países, incluindo os Estado Unidos e países da Europa, realizam políticas públicas que também podem ser aplicadas no Brasil. “O governo pode entrar na safra como a Conab fazia”, alega. Segundo ele, há diversos armazéns vazios que poderiam ser ocupados por arroz, milho e soja, todas compradas pelo governo.

Dessa forma, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entra “comprando a safra na baixa, mantém o estoque regulador básico no mercado e quando o preço oscilar muito, ele oferta isso ao mercado. Isso não é subsidiar. Não é intervir no mercado. Isso é uma política pública de segurança alimentar”, explica.

Reinaldo ainda justifica que todos os países fazem isso, principalmente aqueles que já passaram por escassez de alimentos. “Então eles fazem da política alimentar um motivo de segurança e de soberania nacional. Com isso, conseguem regular, sem interferir diretamente no mercado, querendo restringir, querendo impedir o livre comércio, mas tem essas políticas que podem ser ampliadas”.

O candidato foi taxativo em dizer que é a favor de “políticas indiretas que vão apenas tentar dar uma acomodação como o governo faz com o próprio dólar. O câmbio é flutuante, oscila com o mercado, mas quando está muito alto o dólar, o governo vende e quando está muito baixo, ele compra. Com isso, ele ganha muito dinheiro. Ele acaba ajudando o mercado sem ter que interferir”, finalizou.


 
 
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