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06/11/2020 às 14:12 | Atualizada: 06/11/2020 às 14:16

Mendes rebate favorecimento a Fávaro e diz que tem direito de dizer quem apoia

Camilla Zeni

O programa de investimentos da gestão do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), Mais MT, tem sido apontado como mais uma das “artimanhas” para conquistar apoio e fortalecer a campanha de Carlos Fávaro (PSD) ao Senado. Contudo, para o gestor, ele não pode ser responsabilizado pelo apoio dos prefeitos. 

“Tem que perguntar para os prefeitos. Eles que podem responder essa pergunta e não eu. Se eles estão sendo influenciados por isso ou aquilo. Eu estou fazendo meu papel de governador que é governar bem, resolver problemas, consertar o estado e dar contribuições aos municípios, e isso está sendo feito. As pesquisas já mostram isso. Agora, isso faz parte e eu tenho direito de dizer quem eu apoio”, comentou o governador, durante conversa com a imprensa na manhã desta sexta-feira (6).

Mauro também apontou que, desde o início do pleito eleitoral, se posicionou em apoio a Carlos Fávaro e Roberto França (Patriota), este último para ser prefeito de Cuiabá. E defendeu: “eu como cidadão e governador tenho o direito de dizer em quem eu apoio. Ponto. Se isso tem o poder de influenciar alguém, isso faz parte da democracia. E o direito de espernear é daqueles que não têm o nosso apoio”.

Para o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (DEM), é natural que as ações de Mauro reflitam em seu candidato. Ele pontuou que não causa estranheza os prefeitos apoiarem quem foi indicado por Mauro, por entenderem que isso também representa apoio aos municípios.

“Isso ai é um programa de investimento de R$ 9,5 bilhões que nunca aconteceu em Mato Grosso. A gestão consertou o estado e vai transformá-lo naquilo que ele sempre mereceu. Logicamente que os prefeitos, vendo esse apoio e esse investimento, querem estar junto do governo. Isso é perfeitamente normal na democracia. Os prefeitos precisam do apoio do governo do estado e o governo também precisa do apoio”, defendeu Carvalho.

Uso da máquina
Mauro entrou na minha dos candidatos que disputam vaga na eleição suplementar ao Senado desde março, quando firmou seu apoio a Fávaro e acionou o Supremo Tribunal Federal, em uma ação vitoriosa, para que ele assumisse de forma interina a vaga deixada após cassação do mandato de Selma Arruda (Podemos). 

O governador já foi, inclusive, alvo de ações na Justiça Eleitoral por, supostamente, usar a máquina pública em favor de seu candidato. Dessa vez, porém, quem levantou suspeita do uso do governo em favor de Fávaro foi o correligionário Jayme Campos (DEM).

Na noite dessa quinta-feira (5), em ato político de apoio a Nilson Leitão (PSDB) na disputa para o Senado, Jayme acusou Fávaro de usar dinheiro para “tentar comprar” apoio nas cidades do interior, inclusive de usar o governo para conseguir apoio. O senador também alegou que Fávaro usou “meios não republicanos” para conseguir a vaga ao Senado.

Mais MT
Já o programa Mais MT foi lançado no fim de outubro como o maior programa de investimentos da gestão, sendo a previsão de cerca de R$ 9,5 bilhões em diversas áreas e em todas as regiões do Estado.
 
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