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16/11/2020 às 10:06 | Atualizada: 16/11/2020 às 10:13

Base de Emanuel não supera desgaste do paletó e é 'esmagada' nas urnas

Alline Marques

A eleição para vereador em Cuiabá demonstrou uma clara insatisfação com os vereadores da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e somente cinco conseguiram garantir a continuidade, dos 11 que foram reeleitos. Definitivamente a votação da CPI do Paletó pesou nas costas destes parlamentares que optaram por fazer uma defesa cega e ‘apaixonada’ do chefe do Executivo.

Dos 10 vereadores, que efetivamente atuaram na oposição, quase todos garantiram a reeleição, isto porque, Abílio Junior (Podemos), Felipe Wellaton (Cidadania) e Marcelo Bussiki (DEM) não disputaram à reeleição, já que estavam numa disputa majoritária. Somente Clebinho (PSD) não conseguiu retornar ao Legislativo.

E ainda pode se concluir que a oposição atingiu o objetivo de tirar boa parte da base de Emanuel, dentre eles, o próprio presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), que comprou uma briga que nem dele era e sai extremamente enfraquecido.

Outro parlamentar que sentiu o peso de não ouvir sua base foi Toninho de Souza (PSDB), que ainda foi relator da CPI do Paletó e tentou amenizar a situação do emedebista alegando que se tratava de ato anterior à prefeitura. Outro tucano que ficou de fora foi Ricardo Saad (PSDB) que chegou a confrontar Abílio em diversas situações.

Do ninho tucano, o único que garantiu uma vaga na Câmara foi Renivaldo Nascimento, inclusive, foi um dos que protagonizou inúmeras brigas com Abílio. Outro nome que ficou fora do Legislativo, foi Luis Claudio (PP), que inclusive foi líder do prefeito de Cuiabá.

O vice-presidente da Câmara, Vinicius Hugueneey (SD) até tentou se desvincular do desgaste de ter que votar a favor do prefeito na primeira votação da CPI do Paletó e acabou se ausentando da sessão. Já na segunda votação, o solidário tentou justificar seu voto numa orientação da Executiva Nacional do partido, mas não colou, uma vez que o colega de partido, Sargento Joelson, acabou votando pelo afastamento do prefeito.

Da base do prefeito, ficaram de fora ainda Adilson Levante (PSB), delegado Marcos Veloso (PV), Justino Malheiros (PV), Orivaldo da Farmácia (PP) e Dr. Xavier (PTC).

Por outro lado, dos aliados do prefeito conseguiram manter a cadeira apenas Adevair Cabral (PTB), Renivaldo, Mario Nadaf (PV), Juca do Guaraná (MDB) e Chico 2000 (PL).
 
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