19/11/2020 às 10:42 | Atualizada: 19/11/2020 às 10:42
PT fará oposição na Câmara independente de quem ganhe no 2º turno
Kamila Arruda
O Partido dos Trabalhadores (PT) optou por não declarar apoio formal a nenhum candidato no segundo turno das eleições na Capital e já adiantou o posicionamento da vereradora eleita Edna Sampaio (PT) que representará a sigla na Câmara de Cuiabá: oposição.
Independente de quem vencer a disputa - prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ou vereador Abílio Junior (Podemos) - "ao PT caberá a oposição qualificada, fiscalizará com firmeza o uso dos recursos públicos e, representará com altivez os interesses da classe trabalhadora de Cuiabá, na Câmara Municipal".
A informação consta em resolução do partido, na qual critica Emanuel Pinheiro por representar o fisiologismo, o clientelismo e o uso dos recursos públicos atendendo interesses privados, o que gera políticas públicas fragmentárias e insuficientes para atendimento da população cuiabana.
"Além disso, está alinhado à política ultra-liberal, sendo seu partido base de sustentação do governo Bolsonaro, contribuindo diretamente para a destruição dos direitos da classe trabalhadora".
Por outro lado, a sigla orienta o voto contra a candidatura de Abílio por representar a "extrema direita - imagem do Governo Bolsonaro". Além disso, critica a postura do vereador.
"A forma desrespeitosa e destemperada como o vereador exerceu seu mandato, usando dos recursos públicos, da verba de gabinete para disputar as eleições, as denúncias de familiares fantasmas na Assembleia Legislativa são provas da hipocrisia do discurso de combate à corrupção que utiliza para justificar sua violência contra as instituições, contra as mulheres e contra os servidores púbicos. Cuiabá não merece ser governada por quem não consegue distinguir a esfera privada da esfera pública e, confunde fiscalização com violência e desrespeito; fé com fundamentalismo religioso e destruição do Estado Laico", destaca a nota encaminhada à imprensa.
O candidato do PT, Julier Sebastião da Silva, já havia adiantado ao Leiagora que iria se manter neutro no segundo turno e considerou o cenário um dos piores possíveis. “Eu, pessoalmente, tenho uma posição e não vou apoiar nenhum dos candidatos porque o programa de ambos não contempla aquilo que discutimos em nosso programa de governo, que debatemos com a população cuiabana”, declarou.
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