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24/11/2020 às 15:15

Emanuel classifica lockdown como ‘traumático’ e diz ter estrutura para segunda onda

Camilla Zeni

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), tenta afastar as preocupações sobre a possibilidade de segunda onda de infecção da covid-19, ao mesmo tempo em que defende a manutenção da abertura das atividades econômicas. Segundo ele, a capital conseguiu estruturar a rede de saúde e não teme colapso caso a nova fase de infecções se confirme. 

Em entrevista ao programa Primeira Página, da Centro América FM, na manhã desta terça-feira (24), o prefeito avaliou que não se arrepende do fechamento das atividades, mas que tomou a decisão apenas em razão das recomendações levantadas na época. Contudo, deixou claro que a medida lhe desagradou tanto quanto aos empresários.

"Na pandemia, tomei medidas que não digo que me arrependi, mas que fiz me cortando o coração, porque não eram o que eu queria fazer. Eu precisei fazer, como prefeito e por responsabilidade. Por exemplo o fechamento de comércios, de empresas e escolas, que até hoje, por precaução e cuidado, permanecem fechadas”, comentou o prefeito.

E continuou: “o lockdown, você parar uma cidade, é muito traumático, mas era necessário. O mundo inteiro fez, todas as capitais brasileiras fizeram. Mas, apesar de saber que era esse o caminho certo, é muito dolorido, corta o coração e foi um momento que sofri muito como prefeito da Capital".

Apesar disso, o prefeito reconhece que as medidas adotadas possibilitaram uma estruturação do sistema de saúde, de forma a garantir que Cuiabá não entrará em colapso caso uma segunda onda de infecções aconteça.

"Não fosse o governo Bolsonaro, com o Ministério da Saúde, investindo, dando toda a assistência, não sei o que seria da nossa Capital. Então, com relação a uma possível segunda onda, nós administramos muito bem esse período da pandemia, com apoio do governo federal e da bancada federal. Deus nos livre de uma segunda onda, mas hoje Cuiabá está estruturada", garantiu.

Conforme o prefeito, Cuiabá conta hoje com 135 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para casos de covid-19, além de uma unidade básica de saúde, uma UPA e um hospital de referência exclusivos para os casos. "Deixei mantido exatamente por não ter como prever como será a pandemia daqui para a frente", justificou.
 
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