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24/11/2020 às 15:01 | Atualizada: 24/11/2020 às 15:02

Kardec diz que nenhum dos candidatos têm condições de gerir Cuiabá

Camilla Zeni

Em composição com Gisela Simona (Pros) no primeiro turno e neutro para a votação definitiva do próximo domingo (29), o líder do PDT, deputado estadual Allan Kardec, afirmou que o partido não tem condições de escolher um dos atuais postulantes à Prefeitura de Cuiabá. Ele ainda foi além e avaliou que nem Abílio e nem Emanuel teriam condições de gerir a Prefeitura, razão pela qual afirmou ainda não ter opção de voto.

“Não consegui ver, nessa primeira semana de segundo turno, um debate bom para Cuiabá. O que estamos vendo aí são acusações. Eu quero saber o que vai fazer lá no bairro onde eu moro, onde falta asfalto, que tem uma escola precária do município, não tem uma saúde boa, não tem uma iluminação pública. O que eu quero ouvir é isso, então, infelizmente, ainda não decidi o meu voto”, revelou o presidente estadual da sigla, nessa segunda-feira (23). 

O deputado também afirmou que, em sua avaliação, nenhum dos dois candidatos que conseguiram chegar ao segundo turno têm condições de gerir Cuiabá, e, por não terem consenso dentro do partido, houve a liberação dos filiados para apoiarem quem achassem melhor.

Segundo Kardec, a decisão foi sugestão do maestro Fabrício Carvalho, que concorria como vice-prefeito na coligação com Gisela, e tomada antes do anúncio do Pros em apoio à eleição de Abílio Júnior (Podemos).

Kardec observou ainda que é natural o partido não seguir o apoio da advogada, considerando diversas declarações feitas pelo candidato ao longo da campanha. 

“Ele [Fabrício] não se sentiria bem apoiando a nenhum dos lados. O Abílio, durante a campanha de primeiro turno, falou claramente que vai acabar com o Conselho de Cultura e isso é antagônico a tudo que o maestro construiu”, explicou o deputado.

“Nós não conseguimos consenso dentro do partido, porque temos um grupo de mulheres que se negam a fazer apoio a Abílio, temos um grupo de cultura que também não irá com ele, mas temos um vereador eleito que é presidente da CCJ e fez um parecer contra a cassação do Abílio. Por isso o partido ficou dividido", completou.

Apesar do apontamento de Kardec, Abílio já avisou que vai tentar conquistar o apoio de Fabrício para o segundo turno das eleições, e afirmou ainda que voltou atrás na decisão de extinguir o Conselho da Cultura. Isso seria um reflexo de um acordo firmado entre o candidato do Podemos e Gisela, que vai auxiliar na coordenação de campanha de seu ex-concorrente. 

 
 
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