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28/11/2020 às 13:00 | Atualizada: 28/11/2020 às 17:53

Ana Sátila conta os desafios para treinar durante a pandemia e preparação para Olimpíadas

Luzia Araújo

Com um sorriso largo no rosto e duas medalhas de ouro no peito. Foi assim que a canoísta Ana Sátila chegou em Mato Grosso para visitar sua querida Primavera do Leste. Foi na cidade a 235 km distante de Cuiabá que a atleta começou no esporte quando tinha apenas 9 anos. 

De lá para cá, ela só vem conquistando títulos e fazendo história no esporte em nível de Brasil e também mundial. Uma das mais recente foi o 1º lugar na Copa do Mundo de Canoagem, na qual conquistou medalha de ouro e entrou para a história. 

Agora, ela voltou para casa, onde tudo começou, para repor as energias com a família e amigos para enfrentar o seu próximo desafio, a Olímpiada no Japão, que está prevista para acontecer em 2021, após ser adiada devido à pandemia do novo Coronavírus, neste ano. Essa será a terceira participação de Ana na competição. 

Mas, não foi só de vitórias que a canoísta viveu em 2020. Ana também enfrentou dias difíceis com a chegada da Covid-19, consequentemente o anúncio do adiamento dos jogos em Tóquio e as mudanças na sua rotina de treino.  

“Não esperava que as Olimpíadas seriam adiadas e quando recebi a notícia foi um choque muito grande. Mesmo assim, acredito que foi a melhor decisão para a nossa saúde. Realmente, era impossível os jogos acontecerem naquelas condições. E, hoje, olhando para trás, vejo como o confinamento me ajudou bastante, porque ganhei muito tempo de treino, que refletiu nas copas do mundo que participei neste final de ano”.

Assim como outros atletas, a canoísta também teve que adaptar a rotina de treino em casa. “Fiquei 4 meses treinando em casa, na água parada. Também montamos uma academia, para não precisar sair e no final a nossa confederação conseguiu colocar duas competições no calendário, nas quais conquistei as medalhas de ouro”.  

Para Satíla, as medalhas foram mais especiais, devido a sua superação durante a pandemia. “Passamos por muitos desafios e adaptações. Me superei bastante como atleta e como pessoa. Cheguei muito bem preparada na competição e ter conquistado as medalhas, inéditas para o Brasil, me deixou muito feliz. Agora tenho outros objetivos em mente, um deles são jogos olímpicos em Tóquio, no Japão. Então, até lá, temos muito trabalho pela frente”.

A canoísta acredita que jogos olímpicos em 2021 deverão ser os mais especiais. “Nunca estive acostumada a treinar em casa, sem técnico e sem equipe. Ter passado por isso foi uma superação e aprendi muito. O meu objetivo é levar essa experiência para os jogos olímpicos. Chegar lá e dar o meu melhor. Acredito muito que vai dar certo”.
 
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