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27/11/2020 às 14:00

Dezesseis anos depois, idosos voltam a ser usados em campanha eleitoral

Alline Marques

Talvez os mais novos não se lembrem tanto, outros já podem até ter esquecido, mas não é a primeira vez que numa disputa de segundo turno um casal de idosos protagonizam programas eleitorais ou aparecem em campanhas com denúncias com o objetivo de derrubar algum candidato. E mais uma vez uma casa está em disputa.  

Em 2004, numa disputa acirrada entre Alexandre César, na época filiado ao PT, e Wilson Santos (PSDB), um casal de idosos apareceu no programa do tucano acusando o então petista de tentar tomar a casa deles. 

Alexandre representou contra Wilson na Justiça Eleitoral por calúnia, injúria e difamação. Porém, para não responder por crime eleitoral, o então prefeito aceitou um acordo em que se obrigou a pagar livros para o acervo da UFMT.

E agora, 16 anos depois, novamente um casal de idoso é usado em campanha eleitoral para tentar desqualificar um candidato. 

No entanto, uma curiosidade que não se pode deixar passar, na época a estratégia de usar idosos foi adotada pelo que ficou intitulado comitê da maldade, comandado por Antero Paes de Barros, que hoje tem atuado do lado de Abílio e Wellaton, que são os alvos do marketing da campanha de Emanuel Pinheiro. 

O que mudou? É que em 2004 não se tinha redes sociais, portanto, Alexandre César acabou não obtendo espaço para se defender, tendo conseguido um direito de resposta às vésperas da votação, ou seja, sem tempo de reverter a situação. 

Porém, agora, Abílio e Wellaton já responderam e inclusive conseguiram mostrar que o próprio idoso que aparece no material de campanha de Emanuel já foi condenado por litigância de má-fé. Eles contam com redes sociais e ainda com a agilidade dos sites de notícias há 16 anos eram poucos e não tinham tanto alcance como atualmente.
 
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