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10/12/2020 às 17:15

MP pede que processo contra casal Cestari continue público

Eduarda Fernandes

O casal Marcelo e Gaby Cestari, pais da adolescente que atirou e matou Isabele Guimarães Ramos, foi acusado de “tumultuar o andamento processual” que apura a responsabilidade pela morte da jovem, com intuito de “protelar o desfecho do feito”. O promotor de Justiça Milton Pereira Merquíades juntou uma manifestação ao processo e opinou por manter o processo público.

No último dia 3, o casal apresentou resposta à acusação dos crimes de homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entrega de arma para menores de idade.

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Para o representante ministerial, “a defesa dos acusados, em de vez de contestar as imputações constantes da denúncia, optou em adotar uma postura de tentar desqualificar o trabalho do Ministério Público, lançando dúvidas de forma genérica, sem, contudo, trazer elementos substanciais capazes de convencer o Juízo absolvê-los sumariamente”.

Na manifestação, Merquíades diz que os pedidos formulados pela defesa casal na resposta à acusação podem até possuir pertinência perante o Juízo da Infância e Juventude, onde se apura as responsabilidades da filha deles, no que se refere a prática do ato infracional análogo ao crime de homicídio, mas se mostram irrelevantes no processo contra eles.

Na resposta à acusação, o casal pediu à Justiça que o empresário Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa e seu filho apresentem todas as mídias do circuito interno de imagens da residência deles no dia da morte de Isabele. “Conforme acima delineado, o que esses fatos interessam ao deslinde da presente causa? Respondo: absolutamente nada”, afirma o promotor.

Em seguida, Merquíades explica que a ação contra o casal não pode ser usada para realização de investigações de outros fatos além dos que foram denunciados, pois isso, “além de se mostrar inconveniente, retardaria sobremaneira a conclusão deste feito, o que talvez, seja o principal objetivo da defesa”.
 
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