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13/01/2021 às 15:13 | Atualizada: 13/01/2021 às 15:21

Várzea-grandense é vacinada contra Covid-19 em Dubai

Eduarda Fernandes

Durante as férias em Dubai, nos Emirados Árabes, a várzea-grandense Scheyla Schley foi vacinada contra a Covid-19, onde a vacinação contra a doença pandêmica começou em dezembro. A servidora do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) disse em entrevista ao Leiagora, que tem costume de aproveitar as férias para estudar inglês e escolheu os Emirados Árabes por ser o único que estava com as fronteiras abertas. 
 
“Eu estou em uma escola, em Dubai, e aqui eles já estão vacinando. Quando cheguei aqui, dia 4 de dezembro, uma semana depois já começaram a vacinar os Emirates, que é quem é filho de Emirate e nasce nos Emirados Árabes”, lembra.

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Em Dubai, ela conta que apenas 10% da população é Emirate e muitos optaram por não tomar a vacina. Depois, passaram a vacinar também os residentes fora dessa categoria. “E o que está disponível está disponível aqui para os residentes e os visitantes é a Sinopharm, que é a chinesa. A Pfizer, se não me engano, é só para quem está na linha de frente e os idosos”, detalha.

A servidora explica que, por ser turista, também está entre os que têm direito a se vacinar. Na escola onde estuda, foram oferecidas duas vagas. Ela se candidatou e foi selecionada. “Eles me buscaram em casa, me levaram para tomar a vacina, e me trouxeram de volta”, conta à reportagem.

No local de vacinação, um hospital de campanha, não lhe pediram nenhum tipo de documento, apenas fizeram perguntas clínicas. A única exigência foi permanecer na cidade por mais de 21 dias, período em que é aplicada a segunda dose. “E como eu fico mais dois meses aqui, falei que aceitava. Mas nem pediram comprovante de passagem, nada, e dia 3 de fevereiro já tomo a segunda dose”.
 
Nova variante
 
Apesar de ter se vacinado, Scheyla teme a nova variante do vírus. Para sua decisão de tomar a vacina, ela também levou em conta a provável demora que haverá no Brasil para que as doses cheguem a toda a população. “Eu conheço várias pessoas que morreram, que ficaram muito mal, com sequelas. A minha mãe e o meu ex-marido estão com Covid-19. Então eu tenho muito medo de ter essa doença. Daqui eu quero ir para outros países, então é uma segurança de eu não me contaminar e não levar a contaminação para mais ninguém”, avalia.

Com relação às possíveis reações alérgicas, a várzea-grandense afirma que prefere esse risco a contrair a doença e ficar com alguma sequela. “Como é uma doença muito nova e perigosa, eu quis, sim, tomar a vacina. Fui muito segura do que eu fiz e, com certeza, recomendaria a qualquer pessoa tomar”, ressalta.

Redes sociais

Nas redes, Scheyla ainda brincou ao pedir para ser avisada, caso se transforme em um jacaré. A piada é uma referência a uma fala do presidente da República Jair Bolsonaro, que em certa entrevista questionou os possíveis efeitos colaterais das vacinas, tomando como exemplo a da Pfizer/BioNtec, e disse a seguinte frase: “Se você virar um jacaré, é problema seu”.

“Aproveitei a chance de imunização aqui nos Emirados Árabes e optei por aceitar os possíveis riscos, mitos e controversos efeitos colaterais de tomar a vacina em detrimento ao montante de mortes que esse vírus já trouxe a ainda trará, além das sequelas de quem já foi infectado”, escreveu a servidora em publicação.


 
 
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