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14/01/2021 às 08:15 | Atualizada: 14/01/2021 às 08:17

Sem vacina para todos os prioritários, Estado terá que escolher quem imunizar

Camilla Zeni

Na corrida para a imunização mundial contra o novo coronavírus, os Estados enfrentam mais uma preocupação: sem vacina sequer para todos os prioritários, é necessário estabelecer critérios para escolher quem vai se vacinar primeiro. É o caso vivido em Mato Grosso, segundo o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

De acordo com o secretário, a primeira leva de vacinas adquirida pelo Governo Federal, responsável pela compra e distribuição do imunizante para todos os estados, terá apenas 8 milhões de doses disponibilizadas de forma imediata. Com isso, segundo Gilberto, nem mesmo todo o grupo prioritário vai conseguir ser imunizado completamente. 

“O grande problema é que os lotes que serão disponibilizados serão insuficientes, em um primeiro momento, para atender, inclusive, os grupos prioritários estabelecidos pelo Governo Federal. Nós estamos debruçados, inclusive, para saber qual é a estratégia. Vamos ter que selecionar um público dentro do próprio público”, explicou o secretário, ao deixar a sede do governo estadual, na manhã desta quarta-feira (13).

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Gilberto lembrou que o grupo prioritário para vacinação é diferente do grupo de risco. Em um primeiro momento devem ser vacinados os profissionais da Saúde e da Segurança Pública, idosos com mais de 75 anos, idosos que vivem em asilos, pessoas internadas em instituições psiquiátricas e indígenas. Em todo o país, conforme Gilberto, esse grupo prioritário simboliza 19% da população nacional. 

Apesar da falta de vacinas suficientes, o secretário apontou que nem mesmo o plano de vacinação do governo federal previu cobertura de 100% da população, mas que, apesar disso, 100% da produção da Fiocruz e do Instituto Butantan foram comprados pela União. Por isso também, segundo o secretário, Mato Grosso tem dificuldades de comprar doses extras de vacina. 

“Vamos estar envidando esforços para saber se podemos fazer isso. Nosso sonho é imunizar toda a população, mas para isso tem regras nacionais”, colocou.

Já em relação à distribuição das vacinas, conforme o secretário, o plano de logística já está montado e garante que as doses cheguem a todas as cidades em até dois dias após a chegada dos imunizantes. Contudo, o Estado pleiteia junto aos municípios a possibilidade de que ao menos a vacinação dos servidores da Saúde fiquem sob a responsabilidade da Secretaria de Saúde.

 
 
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