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15/01/2021 às 14:42 | Atualizada: 15/01/2021 às 14:44

Silval critica secretário da Sinfra e técnico que mudaram de opinião sobre VLT

Kamila Arruda

O ex-governador Silval Barbosa também não ficou de fora da polêmica envolvendo a troca do modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande. Em entrevista à Rádio Conti nesta sexta-feira (15), o ex-chefe do Executivo Estadual, que esteve à frente de todo o processo de viabilização do Veóculo Leve sobre Trilhos (VLT), quebrou o silêncio e criticou a postura do engenheiro Rafael Detoni e ainda do atual secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Padeiro.

Ambos comandaram toda o processo de viabilização para efetivar a troca para o Ônibus de Transporte Rápito (BRT) durante a atual administração do governador Mauro Mendes (DEM).

Silval afirma que estranhou o posicionamento dos profissionais, especialmente de Detoni, que apontaram a inviabilidade da conclusão da obra do VLT, porque foi justamente Detoni e Padeiro que avalizaram o VLT em 2011 durante a gestão de Silval Barbosa a frente do Palácio Paiaguás.

"Todas as decisões que eu tomei foi baseado em estudo que ele, o Rafael Detoni, participou. Inclusive todos os pareceres lá no Ministério das Cidades para a viabilidade do VLT foi ele e o Marcelo Padeiro que assinaram. Então em cima desses dados, em cima desses profissionais técnicos que eu tomei a decisão pela implantação e a busca pelo financiamento para a implantação do VLT", afirmou o ex-governador em entrevista por telefone.

Silval ainda lembra que, por conta do trabalho prestado durante a sua administração, Detoni foi convidado pelo governo do Rio de Janeiro para prestar a mesma assessoria para o estado.

“Também pelo know how que o Detoni obteve por meio de todo o processo da busca da implantação do VLT, ele foi convidado para ir para o Rio de Janeiro, e foi ele que deu toda a assessoria lá para a implantação do VLT”, enfatizou.

O ex-governador ainda critica o fato de o Governo do Estado ter apresentado um alto valor da tarifa. Conforme o estudo feito pela atual gestão, o VLT teria uma tarifa de R$ 5,28.

“A intenção não era visar lucro, porque o Estado estava bancando todo o sistema. Nos visávamos melhoria e qualidade do transporte público para a população. Tinha uma garantia de 30 anos o VLT, então você podia fazer uma tarifa social, e pode ser feita a tarifa social. Agora me estranha muito a postura desse profissional que eu admiro, ter mudado tanto de lá pra cá”, pontuou.

Diante disso, ele afirma que pretende retornar a Capital para ver o que mudou de sua gestão para agora. “Até gostaria de quando eu for para Mato Grosso, de conversar e ver o que mudou tanto de lá pra cá, porque a implantação do VLT, você não visa lucro”, finalizou.

Outro lado

O Leia Agora entrou em contato com a assessoria da Sinfra, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto. 
 

 
 
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