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18/01/2021 às 07:52 | Atualizada: 18/01/2021 às 08:24

Polícia Civil descarta suspeito preso pela PM como atirador em execução de diretora do Sanear

Luzia Araújo

A Polícia Civil de Rondonópolis informou na manhã desta segunda-feira (18) que o homem preso, neste domingo (17), suspeito de envolvimento na morte da diretora do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis – Sanear Terezinha Silva de Souza, de 54 anos, ocorrida na última sexta-feira (15), não tem ligação com o crime.

A nota divulgada pela assessoria de imprensa da instituição disse que “não foram encontradas evidências de que a pessoa detida tenha envolvimento no homicídio”. O homem foi preso pela Polícia Militar na tarde deste domingo (17), após denúncia anônima.

Porém, a nota da Polícia Civil esclareceu que “a pessoa detida pela Polícia Militar tem características físicas distintas dos suspeitos que atiraram contra a diretora. Assim também como a motocicleta apreendida pelos policiais militares, na residência da pessoa conduzida, é diferente da utilizada pelos atiradores”.
 
A instituição policial ressaltou que “, as investigações para esclarecer o crime prosseguem na Delegacia de Homicídios de Rondonópolis e diligências ininterruptas estão sendo realizadas para identificar e localizar os autores do homicídio”. 

A prisão
Neste domingo (17), a Polícia Militar de Rondonópolis efetuou a prisão de um homem suspeito de envolvimento na morta da Terezinha. Os policiais militares chegaram até ele após receber uma denúncia anônima. 

De acordo com o Boletim de Ocorrência, na denúncia anônima foi informado que um suposto suspeito, que trabalha de vigilante armado no hospital regional, poderia estar armado em uma residência, no bairro Dom Osório, com a moto utilizada no homicídio da diretora e que a execução teria sido motivada, pois a esposa dele teria sido demitida pela Terezinha do Sanear na última terça-feira (12), após 05 anos trabalhando no local. A demissão teria ocorrido de forma ríspida, após discussões. 

 De posse das informações, uma equipe da PM localizou a residência do suposto suspeito. Nela foi encontrada uma motocicleta, que segundo a PM tinha as mesmas características do veículo utilizado no dia do crime.  A equipe chamou a proprietária da residência, que informou que o marido dela estava em casa, autorizou a entrada dos PMs para buscas de ilícitos, mas que desconhecia alguma arma na residência. 

Após revista, nenhuma arma ou munição foi encontrada no local, sendo encontrados dois capacetes escuros, aparentando ser os utilizados pelos suspeitos no crime de homicídio, um par de tênis, uma pasta do sanear, a motocicleta, bem como o suporte de placa e alças traseira de mão e segurança da motocicleta, com indícios de recente remoção, para supostamente descaracterizar o veículo suspeito. 

O homem negou participação no homicídio e disse que estavana casa dele no momento do crime, depois sair do serviço noturno de quinta para sexta-feira. Após solicitação do delegado plantonista, ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.

A execução
Terezinha foi morta com três tiros na cabeça, quando estava a caminho do trabalho, por volta das 07h08, da última sexta-feira (15). Ela estava em uma caminhonete da Prefeitura de Rondonópolis, conduzida por um motorista, momento que dois homens em uma motocicleta se aproximaram, efetuou os disparos e fugiu em seguida. 

Uma câmera de segurança conseguiu flagrar os suspeitos acompanhando o veículo onde estava a diretora momentos antes da execução. (veja vídeo abaixo). Na imagem é possível observar que os supostos atiradores trajavam jaquetas de cor escura e estavam em uma motocicleta vermelha. 

Conforme apuração inicial, o veículo onde estava a diretora parou em um semáforo da cidade, os ocupantes da motocicleta se aproximaram do lado da vítima e efetuaram diversos disparos. 

O motorista que dirigia para Terezinha, não foi atingido. Foi ele que socorreu a diretora, mas ela deu entrada na Santa Casa Rondonópolis, já sem vida. 
 
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